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EUA: Porta-voz de Trump confrontado sobre o seu “patrão fascista”

Sean Spicer estava numa loja da Apple quando uma cidadã norte-americana aproveitou para lhe fazer perguntas em direto para o twitter.
  • REUTERS/Jonathan Ernst
13 Março 2017, 16h42

Shree Chauhan, norte-americana de 33 anos, cruzou-se com Sean Spicer numa loja da Apple, em Washington D.C e não o deixou escapar. O porta-voz de Donal Trump já proibiu vários meios de comunicação de estarem presentes em conferências da Casa Branca e ontem lançou-se mesmo nos comentários racistas.

Shree, que trabalha para uma organização sem fins lucrativos, enfrentou Sean Spicer, aproveitando para fazer um direto para o Twitter, e colocou uma série de questões sobre o envolvimento de Spicer com a Rússia e como se sente ao “trabalhar para um fascista”.

“Como é que se sente sobre o facto de estar a destruir o país?”, perguntou a mulher, de origens indianas, ao qual não obteve nenhuma resposta, mas apenas um comentário: “Este é mesmo um bom país por a deixar estar aqui”, disse Sean Spicer.

Shree sentiu-se tão desrespeitada que escreveu um texto a explicar a situação. “Uma coisa é alguém no Twitter dizer que não pertence à América, outra bem diferente é ter o assessor de imprensa da Casa Branca a fazê-lo”, escreve Chauhan.

“Podemos vencer se resistimos juntos pela liberdade, justiça e igualdade. Esta é a nossa América partilhada”, desabafa a norte-americana no texto, onde também da conta do constante racismo que sente nos Estados Unidos. Nascida em Nova York diz ouvir muitos comentários a “mandá-la para o seu país de origem”, apenas porque tem traços indianos.

Shree estava na loja da Apple porque o ecrã do seu telefone partiu-se no dia da eleição de Donald Trump. “Há algo simbólico sobre o vidro partido no meu telefone, e serve como um lembrete constante do que poderia ter sido e como anormal esta situação atual é”, referindo-se à eleição do candidato republicano.

 

 

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