A Reserva Federal norte-americana avançou esta quarta-feira com nova subida dos juros diretores, desta feita em 25 pontos base (p.b.), naquela que foi a oitava reunião seguida com alterações no indicador de referência, embora numa magnitude inferior às três últimas decisões de política monetária.
Como esperado pelo mercado e dada a descida da inflação no último meio ano, o banco central norte-americano optou por abrandar o ritmo de subidas dos juros, embora o processo de aperto monetário não deva estar ainda concluído.
A taxa de referência para os bancos nos EUA ficou assim fixada entre 4,5% e 4,75%.
Jerome Powell tem frisado precisamente que o processo ainda terá de prolongar-se durante alguns meses, procurando também sinalizar ao mercado o compromisso da Fed com o controlo da inflação na maior economia do mundo. Recorde-se que o indicador de preços abrandou pelo sexto mês seguido em dezembro para 6,5%, depois do pico de 9,1% em julho.
No comunicado que faz saber o resultado da reunião programada de dois dias da Fed, a primeira de 2022, o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) continua a sinalizar que “mais subidas serão apropriadas para atingir uma postura monetária suficientemente restritiva para trazer a inflação de volta ao objetivo de 2%”.
Ainda assim, o documento reconhece que “a inflação aliviou ligeiramente, embora se mantenha elevada”, o que representa uma mudança na linguagem utilizada em comunicações recentes. Outra alteração relevante prende-se com a mudança do foco na “duração” do processo de subida de taxas, por oposição à anterior referência ao “ritmo”.
[notícia atualizada às 19h08]