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EUA: Reserva Federal volta a subir juros em 75 pontos base pela segunda vez seguida

A possibilidade de uma subida mais expressiva (neste caso, de 100 pontos) ainda chegou a ser levantada nas últimas semanas, mas foi perdendo força face ao pouco apoio demonstrado pelos membros mais agressivos do Comité responsável pelas decisões de política monetária americana.
27 Julho 2022, 18h01

Sem surpresas, a Reserva Federal norte-americana subiu esta quarta-feira as taxas de juro diretoras em 75 pontos base (p.b.), com a inflação a continuar a pressionar o banco central dado o seu mandato de estabilidade de preços.

Esta é a segunda subida consecutiva na ordem dos 75 p.b., o que coloca a taxa de referência entre 2,25% e 2,50%. É também o quarto aumento desde o início do ano, dada a subida generalizada de preços na maior economia do mundo.

O comunicado que informa da decisão refere o abrandamento de alguns indicadores recentes quanto ao consumo das famílias e à produção, mas sublinha que “a criação de emprego nos últimos meses tem sido robusta e o desemprego mantém-se baixo”.

A decisão de julho reuniu o consenso e unanimidade dos responsáveis de política monetária norte-americana, ao contrário da anterior reunião, em que a presidente da Fed de Kansas City, Esther George, havia votado por uma subida de apenas 50 p.b..

Nova leitura da inflação em alta em junho, quando o indicador superou os 8,6% do mês anterior e os 8,8% de projeção, chegando aos 9,1%, fez soar os alarmes quanto a uma possível subida mais expressiva, mas essa possibilidade vinha perdendo força nos últimos dias. A decisão surpreendente da homóloga canadiana da Fed de subir os juros em 100 p.b. também suportou esta hipótese, dada a necessidade de conter a subida de preços na economia americana.

No entanto, os membros mais hawkish do Comité Federal de Mercado Aberto (FMOC) foram demonstrando pouco apoio a uma decisão desta natureza, tornando-a ainda mais improvável. Assim, os 75 p.b. afiguravam-se como o caminho mais esperado, com a Fed a projetar que continuem as subidas nas próximas reuniões de política monetária.

Também a redução do balanço do banco mantém-se no curso anteriormente previsto e divulgado em maio, lê-se no comunicado desta quarta-feira.

[notícia atualizada às 19h09]

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