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Euribor desce a seis e a doze meses e sobe a três meses para novo máximo

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro.
15 Agosto 2022, 11h20

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a seis e a 12 meses, face a sexta-feira, e subiu a três meses, batendo um novo máximo no prazo mais curto.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, desceu hoje, para 0,745%, menos 0,021 pontos do que na sexta-feira. Na quarta-feira, a Euribor a seis meses fixou-se nos 0,774%, tendo batido o máximo registado desde agosto de 2012, de 0,706%, e que também se verificou a 22 de julho deste ano.

A média da Euribor a seis meses subiu de 0,162% em junho para 0,466% em julho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

Em relação à Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 0,339%, o que constituiu um novo máximo desde julho de 2014. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de menos 0,239% em junho para 0,037% em julho.

No prazo de doze meses, a Euribor desceu ao fixar-se em 1,158%, menos 0,005 pontos do que na sexta-feira, contra o máximo desde agosto de 2012, de 1,200%, também verificado a 22 de julho. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a doze meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a doze meses avançou de 0,852% em junho para 0,992% em julho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada a 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em onze anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a doze meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de menos 0,605% a 14 de dezembro de 2021, de menos 0,554% e de menos 0,518% a 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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