Nos arredores de Berlim, o autocarro elétrico e autónomo EZ10 enfrenta uma nova ronda de testes, desta feita levados a cabo pela Deutsche Bahn, a maior operadora alemã de autocarros e comboios. A equipa de testes é liderada por Michael Barillère-Scholz, responsável máximo pelo programa de condução autónoma da empresa alemã.
Depois dos testes com o EZ10, atualmente a decorrer num parque de estacionamento público, a empresa alemã pretende, no segundo semestre deste ano, iniciar testes com outros autocarros autónomos, desta feita no sul da Alemanha e em estradas públicas. “Queremos mostrar que os veículos autónomos não têm de se limitar ao mercado de luxo, também têm um papel a desempenhar no transporte público”, diz Barillère-Scholz ao New York Times, acrescentando que “o mercado para este tipo de veículos é enorme na Alemanha”.
Esta parece ser uma tendência europeia, onde várias empresas de transporte público se concentram na implementação de soluções de transporte autónomo nas suas áreas de atividade, integrando-as com os sistemas de transporte atualmente existentes. O objetivo é o de oferecer serviços de transporte a pedido a todos os que não possam adquirir os mais recentes modelos da Tesla e de outros players do mercado de veículos elétricos e autónomos.
“No que diz respeito ao transporte público, estamos à beira de fazer esta tecnologia funcionar”, diz ao NY Times Harri Santamala, que coordena vários projetos de transporte público autónomo na Finlândia e dirige o programa de Mobilidade Inteligente da Universidade Metropolitana de Helsínquia.
Os fatores crucias para esta aposta incluem as áreas urbanas muito densas e os serviços de transporte público já existentes, com várias décadas e muito utilizados, segundo o NY Times, que acrescenta ainda que estão em curso na Europa mais de 20 programas de transporte público que envolvem veículos autónomos. A maioria destes programas recebeu fundos públicos.
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