Num contexto difícil, tanto a nível energético como económico, a Europa deverá reduzir em 37% o consumo de gás liquefeito até 2030, beneficiando do aumento da capacidade de produção de energias renováveis, como é o caso das energias eólica e solar. Em termos globais, a procura de gás deverá cair 8% no mesmo período.
Os números são estimativas divulgadas pela Crédito y Caución, empresa especializada em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal.
Depois de a Rússia ter cortado em 80% o fornecimento de gás à União Europeia (UE), os estados-membros viram os preços dispararem para máximos históricos em 2022. É expectável que continuem elevados e a apresentar grande volatilidade, devendo cair nos três grandes mercados mundiais de gás (Europa, EUA e Ásia) a longo prazo.
Mediante os compromissos energéticos com que já avançaram diversos países, prevê-se que o consumo global de gás cresça até 2025. A partir dessa altura, poderá existir um ponto de rutura, levando a um decréscimo da procura. Só em 2050 se devem atingir gastos 40% inferiores aos que se observam na atualidade. Significa isto que a quota desta fonte de energia no mix energético à escala global cai de 16% para 10%.
Também em 2050, a Rússia deverá manter-se como principal exportador de gás, apesar de uma redução que deverá atingir os 40%, devido à queda do fornecimento à Europa, já que a venda para a China deverá compensar menos de metade desse decréscimo nas vendas. A curto prazo, o Médio Oriente vai continuar a registar a maior subida nos fornecimentos de gás para todo o mundo.