Europa não discute outras condições para a Grécia, diz Maria Luís Albuquerque

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou em entrevista a um jornal alemão que os europeus “não estão preparados para discutir outras condições” para a Grécia, além das previstas no programa de resgate atual.   “Há um quadro no seio do qual nós estamos preparados para discutir com o governo grego. Este quadro é […]

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou em entrevista a um jornal alemão que os europeus “não estão preparados para discutir outras condições” para a Grécia, além das previstas no programa de resgate atual.

 

“Há um quadro no seio do qual nós estamos preparados para discutir com o governo grego. Este quadro é o do programa de ajuda atual, que deve ser prolongado”, afirmou Maria Luís Albuquerque em entrevista ao diário alemão Handelsblatt.

 

“Por oposição, não estamos preparados para discutir outras condições. Os 18 Estados da zona euro, bem como o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional estão de acordo neste ponto”, adiantou ainda a ministra de Estado e das Finanças.

 

Para a governante, autorizar os empréstimos sem contrapartidas “não é possível para ninguém no mundo, o que acontece seja para Portugal ou para a Grécia”.

 

“Quando peço um crédito ao meu banco, tenho de me comprometer a reembolsá-lo e tenho de dar garantias. É assim que funciona e não de outra forma”, reiterou Maria Luís Albuquerque.

 

Portugal coloca-se assim ao lado dos argumentos da Alemanha a poucas horas a reunião dos ministros das Finanças da zona euro para debater uma solução para a Grécia.

 

Na quinta-feira, Atenas dirigiu-se ao Eurogrupo para pedir o prolongamento do apoio financeiro pelos seis parceiros por mais seis meses, mas recusa comprometer-se com o memorando que está associado ao programa de resgate e que impõe uma série de duras medidas de austeridade.

 

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, rejeitou de imediato a proposta do governo helénico, considerando que não cumpre as condições exigidas pelos europeus.

 

OJE/Lusa

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