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Europeias: Nuno Melo assume responsabilidade no resultado eleitoral do CDS-PP

Numa reação aos primeiros resultados oficiais das europeias, também a líder centrista usou da palavra, antes de Nuno Melo, para falar aos militantes e eleitores. Atribuiu responsabilidades à taxa de abstenção eleitoral, manteve o apoio a Nuno Melo, mas esclareceu: “Compreendemos bem o sinal que os eleitores nos quiseram dar”.
  • José Coelho/Lusa
26 Maio 2019, 23h04

Na primeira reação aos primeiros resultados oficiais, o cabeça de lista ao Parlamento Europeu do CDS-PP, Nuno Melo, assumiu a responsabilidade do resultado eleitoral “aquém” das expetativas da líder centrista Assunção Cristas, este domingo.

Nuno Melo falava aos militantes do CDS na sede de campanha, em Lisboa, quando afirmou que a derrota do seu partido nestas eleições ao Parlamento Europeu  tinha um culpado. “Sou eu”, afirmou.

Numa análise a quente, Nuno Melo afirmou que quem perde eurodeputados nesta eleição é o PCP, visto que “o CDS mantém”.

“Não atingimos os nossos objetivos e, por isso, assumo os resultados tal qual eles são”, acrescentou. Nuno Melo fez questão de salientar que teve o total apoio do CDS-PP e de Assunção Cristas e lamentou o facto de o número dois da lista, Pedro Mota Soares, não ter sido eleito. “Quem perde com isso é Portugal”, atirou.

Apesar do mea culpa, Nuno Melo, que é único eurodeputado que o CDS-PP consegue eleger em 2019 para Bruxelas, disse que o seu partido “continuará a fazer a diferença no Parlamento Europeu”.

Antes da intervenção de Nuno Melo, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, usou a palavra para “saudar os vencedores” desta noite eleitoral, lembrando:  “Mantemos a nossa representação, quando queríamos eleger um segundo eurodeputado. Ficamos aquém do nosso objetivo”.

Ainda assim, não abriu mão de Melo, que Cristas considerou ter trabalhado “sempre na defesa intransigente, ativa e esmerada na Europa”.

Assunção Cristas, num tom claro de derrota, ainda que tenha assumido o mau resultado, acabou por culpar a abstenção. “Sabíamos que a abstenção era o nosso maior obstáculo. Houve uma abstenção histórica de 70%”, disse.

Depois de responsabilizar a taxa de abstenção eleitoral, Cristas  garantiu que o partido continua “forte, unido e entusiasmado”. Por fim, esclareceu: “Compreendemos bem o sinal que os eleitores nos quiseram dar”.

Pelas 22h54, o PS tinha cinco eurodeputados eleitos, o PSD três e o BE, a CDU e o CDS um eurodeputado cada, quando estavam apurados os resultados em 3056 das 3092 freguesias e 88 dos 100 consulados, segundo dados oficiais.

 

 

 

 

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