A líder do PAN, Inês de Sousa Real, reforçou a posição a favor do partido relativamente à morte medicamente assistida, ao mesmo tempo que destacou que o assunto se trata de uma matéria de elevada sensibilidade que não parece que deva ser referendável.
Numa reação enviada às redações, Inês de Sousa Real destacou que o projeto da Eutanásia “já atravessou várias legislaturas com várias consultas públicas, inclusive áreas da medicina e também saúde mental”.
O projeto foi igualmente avaliado “do ponto de vista daquilo que são as organizações inclusive pro-vida”, destacou Inês de Sousa Real, acrescentando que “estamos a falar de uma matéria de elevada sensibilidade de direitos humanos que não nos parece que deva ser referendável”.
A porta-voz do PAN disse que a questão será novamente debatida na comissão política nacional do partido, mas antecipou que o PAN vai posicionar-se “de acordo com aquilo que foi anteriormente a sua posição face ao referendo sobre a morte medicamente assistida porque não nos faz qualquer sentido abrir-se este procedente, é até no nosso entender perigoso face a outros direitos fundamentais na constituição”.
De recordar que na semana passada a votação da eutanásia foi adiada a pedido do Chega, devido ao atraso na hora de chegada do texto de alteração, que acabou por ter a aprovação do PS e do PSD. Depois, o presidente do PSD anunciou que o partido iria propor um referendo nesta matéria.