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Ex-candidata à presidência brasileira diz que prisão de Temer significa que “ninguém é imune à lei”

A ex-candidata presidencial brasileira Marina Silva afirmou esta sexta-feira que a prisão do ex-chefe de Estado do Brasil Michel Temer significa que “ninguém é imune à Lei”, acrescentando que o combate à corrupção no país deve continuar.
  • Michel Temer, PMDB, 2016-
22 Março 2019, 07h47

A ex-candidata presidencial brasileira Marina Silva afirmou esta sexta-feira que a prisão do ex-chefe de Estado do Brasil Michel Temer significa que “ninguém é imune à Lei”, acrescentando que o combate à corrupção no país deve continuar.

“A prisão do ex-presidente Temer sinaliza que todos os que praticaram corrupção têm que ser exemplarmente punidos pela Justiça. Na República, ninguém é imune à Lei. As operações de combate à corrupção precisam de continuar a desmontar todos os esquemas criminosos de assalto ao Estado”, escreveu a líder ambientalista na rede social Twitter.

Também Ciro Gomes, ex-candidato às presidenciais do ano passado, se manifestou acerca da prisão de Michel Temer, com a publicação de uma entrevista que o próprio concedeu ao Correio Braziliense em 2018, onde afirmou que Temer seria o próximo político a ir para a cadeia: “Não é bola de cristal. É conhecer essa gente”, escreveu, também no Twitter.

Ao rol dos ex-candidatos derrotados nas eleições presidenciais do Brasil que comentaram a prisão do antigo governante, junta-se também Álvaro Dias, que classificou a detenção como “triste mas necessária”.

“[A prisão de Temer] é muito triste, mas é necessário e estava previsto. Isso mostra também, ao contrário do que alguns imaginaram, que a operação Lava Jato está muito viva, presente, eficiente e assim é que deve continuar”, declarou o também senador, citado pelo portal de notícias G1.

Já Guilherme Boulos escreveu no Twitter que “Temer é um bandido, que já deveria estar preso há tempos. Existem provas contundentes contra ele, não meras ‘convicções’. Esperamos apenas que sua prisão não sirva para fortalecer xerifes de toga, que se consideram acima da lei, nem para desviar da crise do desgoverno de Bolsonaro”.Michel Temer, 78 anos, foi detido na quinta-feira, em São Paulo, a pedido dos investigadores da operação Lava Jato do Rio de Janeiro.

É o segundo ex-presidente brasileiro a ser detido no espaço de um ano – o primeiro foi Lula da Silva, 73 anos, que cumpre pena de prisão.

Temer está a ser investigado em vários casos ligados àquela que é considerada a maior operação de combate à corrupção no Brasil, que investiga desvio de fundos da empresa petrolífera estatal Petrobras.

Desde o seu lançamento, em março de 2014, a investigação Lava Jato levou à prisão empresários e políticos, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que foi Presidente do Brasil entre 2003 e 2011.

Temer, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi Presidente entre agosto de 2016, na sequência da destituição de Dilma Rousseff (PT), e janeiro de 2019.

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