[weglot_switcher]

Ex-chanceler alemão processa parlamento depois de perder privilégios por ligação a Putin (com áudio)

De acordo com a lei alemã, os ex-chancelers têm direito a um cargo e a pessoal financiado pelo Estado mesmo depois de terminarem o seu mandato, mas os deputados votaram pela cessão dos seus privilégios quando Schroeder se recusou a cortar laços com Putin após a invasão da Ucrânia.
12 Agosto 2022, 11h30

O ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder está a processar o parlamento do seu país para recuperar o seu escritório e funcionários financiados pelo Governo federal, depois desses privilégios terem sido suspensos por se ter recusado a cortar laços com o presidente russo, Vladimir Putin, após a invasão da Ucrânia, avança a “Bloomberg”.

O advogado de Schroeder, Michael Nagel,  alegou que a decisão dos deputados do Bundestag de suspender o direito ao seu cargo não tinha base legal. “Esse tipo de decisão, que lembra um principado absolutista, não pode prevalecer sob o Estado de Direito”, disse em comunicado. “A decisão é arbitrária.”

O social-democrata Schroeder liderou uma coligação governativa entre 1998 e 2005. Uma vez fora do cargo, os laços estreitos de Schroeder com Putin e a recusa em abrir mão de cargos lucrativos na empresa estatal russa Gazprom tornaram-se uma vergonha para o seu partido, o SPD, que partilha com o atual chanceler, Olaf Scholz.

De acordo com a lei alemã, os ex-chancelers têm direito a um cargo e a pessoal mesmo depois de terminarem o seu mandato. Esta semana, uma comissão do SPD rejeitou uma proposta para o expulsar do partido.

A imprensa do Bundestag disse à “Bloomberg” que ainda não recebeu o processo e, portanto, não pode comentar. Já o tribunal administrativo de Berlim confirmou que o processo foi arquivado.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.