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“Existe um efeito multiplicador e várias alavancas” para melhorar eficiência e rentabilidade das empresas

A responsável pela Accenture Operations em Portugal, Carla Baltazar, destaca que as empresas devem olhar para quatro alavancas – tecnologia, processos, dados e talento – para acelerar e multiplicar a sua eficiência, maturidade e rentabilidade.
12 Julho 2022, 09h57

A maturidade das empresas, tal como a sua eficiência e rentabilidade, pode ser melhorada e acelerada utilizando várias alavancas estratégicas, garante Carla Baltazar, managing director responsável pela Accenture Operations em Portugal. Estas, diz, têm um efeito multiplicador.

Mas o trajeto e o ritmo não será igual para todas as empresas. “Não existe um modelo igual para todas as organizações atingirem a maturidade”, admite. “Existe sim um caminho, e uma forma de acelerar esse caminho – existe um efeito multiplicador e várias alavancas para atingir melhores linhas de eficiência.”

A responsável pela Accenture Operations em Portugal falou esta terça-feira sobre o tema, numa conferência promovida pel’O Jornal Económico e pela Accenture – à qual pode assistir aqui.

https://jornaleconomico.pt/noticias/como-potenciar-a-eficiencia-tecnologica-nas-empresas-veja-em-direto-o-observatorio-je-accenture-915157

Carla Baltazar refere-se a um estudo da Accenture divulgado em janeiro deste ano, intitulado “Value Multiplier” (“Multiplicador de Valor”). O documento detalha a importâncias de quatro alavancas – tecnologia, processos, dados e talento – nas trajetórias de crescimento, maturidade e eficiência das empresas.

O objetivo é que cada organização consiga aplicar essas alavancas de forma a avaliar qual é o seu estado de maturidade e acelerar a transição de um estado para o seguinte. Os resultados desse crescimento refletem-se na rentabilidade dos modelos de negócio, assegura a responsável.

“De acordo com o nosso estudo, utilizando todas as alavancas com este efeito multiplicador conseguem-se resultados superiores ao nível dos resultados de negócios”, explica. “Mas o ponto de partida é: quais são estes pontos de maturidade?”, questiona.

De acordo com o estudo da Accenture, existem quatro estágios de maturidade: estável, eficiente, preditivo ou ‘future-ready’. Segundo dados confirmados por Carla Baltazar, a maioria das empresas (51%) encontra-se num estágio preditivo, em que “os processos revistos já são suportados em dados” e com isso as empresas já conseguem retirar impacto para os resultados de negócio.

Fora deste estágio, 32% das empresas consultadas para este estudo estão num estágio eficiente e 7% estão ‘future-ready’. Apenas 2% estão num estágio estável, o primeiro desta linha de crescimento desenhada pela Accenture.

Sobre as empresas que já estão ‘future-ready’, Carla Baltazar assegura que as mesmas têm “uma visão integrada com a componente digital muito mais transformada. Aí, sim, estamos a transformar as empresas no perfil superior de execução”.

Para chegar a este estágio, explica, há que aplicar as quatro alavancas mencionadas acima. “Porque é que é necessário pensar no estágio em que se está e nas alavancas a usar? Porque se consegue maior eficiência, rentabilidade e agilidade em introduzir novos produtos e serviços”, sublinha. Além disso, estas componentes de inovação ajudam a atrair e reter talento, diz a responsável.

“Os caminhos podem ser diferentes”, recorda, “mas as alavancas, as quatro, têm um fator multiplicador, um fator que acelera o estado de maturidade e com isso conseguem-se resultados não só de eficiência, mas também de rentabilidade”, salienta.

Pelas 10h20 iniciou-se a “Mesa Redonda” sobre a temática, moderada pelo diretor do JE, Filipe Alves, e que contará com as presenças de Nuno Schiappa Cruz, responsável de Transformação Digital da NOS; Miguel Correia, managing director de Global Tech e Operações do Santander; Nuno Costa, líder de Serviços da Galp; Jorge Rodrigues da Ponte, vice-presidente do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e Nuno Marques, senior manager da Accenture Operations Portugal.

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