[weglot_switcher]

Exportações da fileira do Metal Portugal caíram 7,8% em janeiro face ao período homólogo

Este sector industrial continua a demonstrar resistência, uma vez que os 1.542 milhões de euros de exportações alcançados no primeiro mês deste ano representaram um crescimento de 20% face ao mês de dezembro de 2020.
20 Março 2021, 15h21

As exportações da fileira Metal Portugal registaram uma quebra de 7,8% em valor no passado mês de janeiro, em comparação com o mês homólogo do ano passado.

Mesmo assim, o desempenho desta fileira industrial continua a demonstrar resistência face às condicionantes provocadas pela pandemia da Covid-19, uma vez que os 1.542 milhões de euros de exportações alcançados no primeiro mês deste ano representaram um crescimento de 20% face ao mês de dezembro de 2020.

“Estes números são especialmente animadores pois, em janeiro, Portugal registou o pico da 3ª vaga da pandemia, o que implicou um novo confinamento geral. Dado o contexto pandémico vivido em Portugal, o Metal Portugal registou um mês bastante positivo. Pese embora a situação que atravessámos em 2020, o Metal Portugal registou três dos cinco melhores meses de sempre, tendo outubro, inclusive, sido o melhor mês de sempre”, salienta um comunicado desta fileira industrial.

No entender dos responsáveis da fileira Metal Portugal, “à semelhança de meses anteriores, as exportações para a União Europeia continuam a ser as mais significativas, representando 77,4% do total de exportações”.

“No entanto, é de realçar a quebra de mercados como a Alemanha, França, EUA, Brasil, Áustria e Bélgica, que continuam em queda acentuada desde o início da pandemia”, alerta o referido comunicado, ressalvando que, “em contraciclo e tal como tem acontecido nos últimos meses, a diversidade de mercados tem vindo a intensificar-se, com países como o Japão, Marrocos, Austrália, Turquia e Chile a assumirem maior preponderância no que diz respeito às exportações do setor metalúrgico”.

O referido documento assinala que “a queda homóloga das exportações é justificada pela pandemia, mas também por um forte aumento da escassez e do custo das matérias primas, bem como pelo aumento muito significativo do custo do transporte marítimo, que afeta consideravelmente a capacidade competitiva das empresas, já que, no espaço de um ano, o custo de determinados contentores chegou a aumentar 180%”.

Segundo Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, “é com satisfação que vemos que apesar dos desafios que temos, estamos a conseguir exportar cada vez mais, comparativamente aos meses anteriores”.

“Estando nós ainda em plena 3ª vaga, sabíamos que em termos homólogos seria difícil atingirmos esses valores de exportações, mas todos os dias milhares de trabalhadores e gestores lutam para que exportemos cada vez mais, continuando assim a dar um contributo decisivo ao nosso PIB [Produto Interno Bruto]. E tudo isto num cenário de dificuldades acrescidas e de impedimento de assegurar um acompanhamento de proximidade aos clientes”, destaca este responsável.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.