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Exportações da fileira Metal Portugal cresceram 3,1% em novembro

No entanto, as exportações acumuladas de janeiro a novembro de 2020 ascenderam a 15,8 mil milhões, o que representa um decréscimo homólogo de 13,1%, significando que ainda há terreno para recuperar.
12 Janeiro 2021, 16h07

As exportações da fileira Metal Portugal consolidaram a tendência de recuperação até ao final de novembro, tendo registado um crescimento de 3,1% face ao período homólogo, para cerca de 1.800 milhões de euros.

“Num ano especialmente difícil e desafiante, o Metal Portugal volta a dar mostras da sua dinâmica e resiliência ao registar no mês de novembro o quarto melhor mês de sempre, com um valor de 1.791 milhões de euros em exportações. Este número representa um crescimento homólogo de 3,1%, o que impressiona ainda mais pelo atual contexto”, destaca um comunicado da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal.

De acordo com esse documento, “numa altura em que as exportações nacionais e as exportações da indústria transformadora nacional continuam em declínio, e em plena segunda vaga da pandemia, o Metal Portugal deu mostras de estar num caminho de crescimento sustentável, em total contraciclo”.

“As exportações acumuladas de janeiro a novembro de 2020 ascenderam a 15,8 mil milhões, o que representa um decréscimo homólogo de 13,1%. Tal significa que há ainda um longo caminho a percorrer para que recuperemos do impacto que a pandemia e as medidas restritivas à circulação tiveram nas exportações, sobretudo no primeiro semestre”, alerta a AIMMAP.

Os responsáveis desta associação observam que, “adicionalmente, e numa análise mais detalhada é possível constatar que esta quebra se deveu essencialmente a uma redução significativa das exportações para os mercados tradicionais como Alemanha, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Estado Unidos da América”.

“Por outro lado, o aumento das exportações, neste período da pandemia, deve muito a uma aposta na diversificação de novos mercados. Países como o Japão, Turquia, Roménia, Taiwan, Austrália e Coreia do Sul têm assumido muito mais preponderância nas exportações do Metal Portugal. A título de exemplo, as exportações para fora da União Europeia têm crescido 21,4% e mais ainda, os primeiros seis países que registaram maior crescimento das exportações são fora da União Europeia”, destaca o referido comunicado.

Segundo a direção da AIMMAP, “estes números são reflexo do trabalho notável de redireccionamento das suas exportações que as empresas do Metal Portugal têm feito ao longo deste ano”.

“Esta tendência de recuperação é acompanhada pela maioria dos subsetores, sendo que continua a merecer destaque o aumento das exportações sustentado na ‘performance’ da indústria automóvel, quer a nível de ligeiros (em muitos países, com a pandemia, as famílias evitam transportes públicos e preferem meios de transporte próprio), quer pesados (muito potenciados pelas cadeias logísticas necessárias para dar resposta à explosão do consumo ‘online’). Com efeito, o material de transporte incluindo componentes foi responsável por 39% do aumento verificado em novembro deste ano face a novembro 2019”, revela o comunicado em questão.

Para Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP, “não nos surpreende a recuperação magnífica que o Metal Portugal teve nos últimos seis meses do ano transato”.

“Ainda esperamos pelos resultados do mês de dezembro mas, apesar de ainda se estar a pagar o fortíssimo impacto que a pandemia e as medidas restritivas tiveram ao longo do primeiro semestre, são já visíveis os frutos das caraterísticas verdadeiramente diferenciadoras deste setor, que não só resistiu à crise, como teve a capacidade e agilidade de rever processos, continuar a apostar na inovação, e redirecionar exportações redescobrindo novos mercados. É inquestionável, mas acima de tudo de enorme relevância, o papel central que o Metal Portugal tem para a economia nacional, desempenhando nesta altura um motor essencial em movimento contraciclo”, assinala este responsável.

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