[weglot_switcher]

Exportações da Sogevinus ascendem a 40% da produção

Grupo detém 360 hectares de vinhas no Douro, distribuídos por três quintas, mais duas adegas e acima de 50 mil metros quadrados de armazéns e caves em Vila Nova de Gaia. Comercializa as marcas de vinho do Porto Kopke, Cálem Velhotes, Burmester e Barros.
28 Janeiro 2020, 07h30

O Grupo Sogevinus já arrecada cerca de 40% do seu volume de negócios através das exportações de vinho do Porto.

Embora esteja presente em 60 países, deste volume, a Sogevinus destina cerca de 55% das exportações a países considerados estratégicos, como a Holanda, Dinamarca, Reino Unido e Estados Unidos, revelou um comunicado do grupo, a propósito da celebração do Dia Internacional do Vinho que se celebrou ontem, dia 27 de janeiro.

“Em termos de património do Grupo Sogevinus, destacam-se os 360 hectares na Região Demarcada do Douro, distribuídos pelas Quintas do Bairro (Baixo Corgo), São Luiz (Cima Corgo) e Arnozelo (Douro Superior), as duas adegas – uma em S. Martinho de Anta, para a vinificação
do vinho do Porto, e a outra em S. Luiz, para vinhos tranquilos – bem como os mais de 50.000 metros quadrados de armazéns e caves em Vila Nova de Gaia”, destaca um comunicado da empresa.

O Grupo Sogevinus tem no seu portefólio algumas marcas icónicas de vinho do Porto, como a Kopke – a casa mais antiga de vinho do Porto – Burmester, Barros, Cálem – a cave de vinho do porto mais visitada – e Cálem Velhotes – que a empresa reclama ser a marca líder de mercado em Portugal (ACNielsen, Quota em Volume – 2016 a 2020).

Desta forma, a Sogevinus “assume-se como um dos principais ‘players’ de mercado tendo assim a responsabilidade de dinamizar a economia da região e do país”.

“Assistimos hoje a uma mudança de paradigma que contribui para a criação de novos momentos de consumo do vinho do Porto. Assim, o objetivo passa também por apostar numa estratégia promocional que conceda um novo posicionamento através da valorização do produto, novos momentos de consumo e a sedução das gerações mais jovens.”, destaca o referido comunicado

Neste momento, o Grupo Sogevinus conta com cerca de 180 colaboradores e tem uma produção anual de aproximadamente oito milhões de garrafas de vinho do Porto.

Para 2020, a Sogevinus tem diversos investimentos planeados, em particular no enoturismo, “sendo este um dos pilares estratégicos que mais acrescenta valor à marca e ao próprio vinho”.

“A oportunidade de explicar os vinhos na ‘nossa própria casa’ permite abordar todo o processo, da vinha ao vinho, alertando para a riqueza do património vínico. O enoturismo é, por conseguinte, um dos focos de 2020 para o grupo. Sob a ‘umbrella’ do enoturismo, a Sogevinus tem previsto continuar o investimento na reabilitação da Quinta de São Luiz, situada na margem esquerda do rio Douro a escassos quilómetros do Pinhão, dotando-a das infraestruturas necessárias para proporcionar experiências únicas aos seus visitantes. De realçar a conclusão da obra na nova adega ‘boutique’ da Quinta que permitirá absorver toda a vinificação e estágio dos vinhos tranquilos que o grupo
produz”, destaca o comunicado da empresa produtora de vinhos do Douro.

De acordo com os responsáveis da Sogevinus, “2020 será o ano de grande parte do investimento de 30 milhões de euros relativo ao Hotel Kopke, uma unidade vínica de luxo, em Vila Nova de Gaia cuja abertura está prevista para finais de 2021”.

“A abertura deste hotel vai permitir captar novos segmentos e novos negócios para as nossas caves e quintas no Douro”, sublinha Sergio Marly, CEO da Sogevinus, destacando que o turismo em 2019 representou 20% do total da faturação do grupo.

No entender dos responsáveis deste grupo empresarial, “a vinha será outra área na qual será desenvolvido um trabalho de continuidade, com investimento na melhoria do autoaprovisionamento das uvas e numa viticultura sustentável e pioneira através dos estudos desenvolvidos em parceria com a ADVID [Assocuiação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense]”.

“A sustentabilidade assume aqui um papel importante uma vez que o Grupo parte da preservação do que já existe em termos de paisagem, fauna, flora e castas, para oferecer uma maior resistência à vinha, possibilitando que a mesma tenha uma maior resiliência face ao clima mais extremo. Por último, de salientar a reabilitação de infraestruturas em Gaia e no Douro, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva da empresa e a e a reabilitação de património edificado em Vila Nova de Gaia e no Douro”, assinala o comunicado em questão.

Sobre o impacto da empresa na região, “em termos de responsabilidade social, a promoção do Douro é um fator de grande importância para o Grupo Sogevinus, que acredita que através dos investimentos previstos para este ano, será possível seguir uma estratégia de valorização para a região – através de um turismo de qualidade e da produção de vinhos de qualidade, reconhecida internacionalmente , projetando o Douro de forma global”.

A contratação de população local é também um desafio importante para o grupo que privilegia mão de obra de povoações locais para trabalhar no enoturismo, nas vinhas e nas adegas.
O apoio a instituições locais, como a Bagos d’Ouro, é outra iniciativa que vai ao encontro do compromisso do Grupo Sogevinus de apoiar causas e, acima de tudo, pessoas”, conclui o comunicado da Sogevinus.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.