As exportações de componentes automóveis teve o pior registo desde 2019, com uma descida de 17,7% face a abril do ano passado, correspondente a 757 milhões de euros, sendo que 2021 ficou marcado pela “franca recuperação” do sector, que já apresentava valores próximos ao período pré-pandemia (2019), revelam os dados da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).
Já as exportações acumuladas de componentes automóveis no primeiro trimestre do ano registaram uma diminuição de 6,2% em relação ao mesmo período de 2021, de -2,6% do que em 2020 e -7,4% do que em 2019.
Por países, Espanha mantém-se no topo de vendas com 702 milhões de euros (-8,0%). Na segunda posição, surge a Alemanha com 524 milhões de euros (+3,6%), França com um registo de 255 milhões de euros (-20,0%). O quarto lugar é ocupado pelos Estados Unidos com 132 milhões (+35,6%) e, por último, o Reino Unido com 105 milhões de euros (-19,9%). No total, o top cinco de países continua a representar 72% das exportações portuguesas de componentes automóveis.
As diminuições são justificadas com os problemas nas cadeias de abastecimento, que continuam a afetar toda a indústria automóvel e, mais recentemente, com o recente conflito entre no leste europeu, após a invasão russa à Ucrânia que veio interromper o caminho da recuperação no sector.
Ainda assim, destaca-se o aumento das exportações para a Alemanha, que sendo o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, aumentaram 3,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Já os EUA, que continuam a ser o quarto maior mercado cliente das exportações dos componentes automóveis produzidos em território português, apresentou um aumento de 35,6%.
Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas em 10 de maio pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.