[weglot_switcher]

Exportações nacionais caíram 10% para 53,7 mil milhões em ano de pandemia

Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal.
26 Outubro 2021, 11h37

As exportações para o comércio internacional, em 2020, diminuíram 10,3%, em termos nominais face ao ano anterior, enquanto as importação verificaram um decréscimo de 14,8%, face ao período homólogo, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, 26 de outubro. As exportações atingiram 53.757 milhões de euros e as importações totalizaram 68.146 milhões de euros no total do ano passado.

A balança comercial de bens verificou uma diminuição do défice de 5.686 milhões face a 2019, observando-se um saldo negativo de 14.388 milhões de euros, nota o INE. Com exclusão dos combustíveis e lubrificantes, as exportações decresceram 8,9% e as importações diminuíram 12,3%, sendo que o défice caiu 3.699 milhões de euros, atingindo os 10.936 milhões de euros.

Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal. O maior défice comercial manteve-se com o vizinho ibérico Espanha e o maior excedente verificou-se em França, sendo que em 2019 tinha sido com os Estados Unidos. Estes três países concentraram mais de metade das exportações (50,8%) e das importações (53,2%).

Em termos de exportação, os veículos e outro material de transporte foi o principal grupo exportado, enquanto as máquinas e aparelhos foram o segundo. Nas importações, estes dois grupos também ocuparam os dois primeiros lugares mas com as posições trocadas.

Comércio de produtos pandémicos

Numa análise da pandemia, o INE nota que as importações de materiais relacionados com a pandemia, excluindo vacinas, cresceu 17%, o equivalente a 725 milhões de euros face a 2019. Estas importações atingiram os 4.977 milhões de euros.

Foi o grupo equipamentos de proteção que apresentou o maior aumento de produtos importados por Portugal, num crescimento de 63,8% que equivalem a 402 milhões de euros. O maior produto importado em 2020 foram as máscaras de proteção, provenientes da China.

Os testes, no grupo de produtos químicos, observaram um crescimento de 12,2% nas importações, ou 293 milhões de euros. Nestas importações, o valor subiu devido a medicamentos utilizados no tratamento da Covid-19 e a reagentes de diagnóstico. “O acréscimo neste grupo observou-se principalmente nas importações provenientes de Espanha”, nota.

Também a importação de aparelhos e instrumentos médicos subiram 2,4%, mais 24 milhões de euros, face a 2019, destacando-se os aparelhos respiratórios de reanimação e ventiladores, encomendados à China no início da pandemia quando as alas de internamento estavam a encher.

“Analisando o período acumulado de janeiro a agosto, observa-se que em 2021 as importações de produtos relacionados com a pandemia diminuíram 2,9% (-97 milhões de euros) face ao mesmo período do ano anterior. Esta evolução resultou da diminuição das importações de equipamentos de proteção (-24,5%, -178 milhões de euros), com destaque nas importações de máscaras da China”, descreve o gabinete estatístico ao realizar uma análise aos gastos durante a pandemia.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.