Exportações nos têxteis e vestuário atingem o melhor dos últimos 11 anos

O ano de 2014 foi o “melhor” dos últimos 11 para a indústria dos têxteis e vestuário, com as exportações a atingirem os 4,6 mil milhões de euros, pelo que responsáveis garantem que aquele setor “tem futuro”. Segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) o setor registou, quando comparado com 2013, um crescimento […]

O ano de 2014 foi o “melhor” dos últimos 11 para a indústria dos têxteis e vestuário, com as exportações a atingirem os 4,6 mil milhões de euros, pelo que responsáveis garantem que aquele setor “tem futuro”.

Segundo a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) o setor registou, quando comparado com 2013, um crescimento de 8% e que “contrariou” a tendência de redução de postos de trabalho, tendo mesmo havido um acréscimo de 4 mil empregos.

Aliás, segundo presidente da ATP, João Costa, o objetivo apontado para 2020, de atingir os 5 mil milhões de euros em exportações, valor “recorde” atingido em 2001 antes da entrada da China e da Índia na Organização Mundial de Comércio, pode mesmo ser atingido “mais cedo”, sendo que 2015 será um ano “determinante” para a associação com a entrada em vigor do novo Quadro Comunitário de Apoio, Portugal 2020.

“2014 foi um ano extraordinário para os têxteis e vestuário, foi mesmo o melhor ano dos últimos 11 anos em exportações. Atingiu-se os 4,6 milhões de euros em exportações, mais 8% do que no ano passado”, afirmou João Costa. “Os têxteis têm futuro”, salientou.

Para o responsável da ATP, “estes são valores que demonstram a capacidade da modernização e renovação do setor nos últimos anos”, e que atingidos, como salientou, “com menos empresas e com cerca de metade dos trabalhadores do que em 2001”.

Em 2001 o setor dos têxteis e vestuário empregavam 240 mil trabalhadores, sendo que em 2014 o número caiu para os 126.439, distribuídos por 11.961 empresas.

Apesar da diminuição dos postos de trabalho, João Costa acredita que “se vivem hoje tempos de mais alento e confiança”, assentes no crescimento da empregabilidade no setor.

“Pela primeira vez quebrou-se a tendência de descida do número de postos de trabalho, tendo sidos criados 4 mil novos postos”, apontou, salientando que “há até falta de trabalhadores qualificados para o setor”, como “engenheiros têxteis, químicos, modelistas, entre outros”.

Sobre o futuro, João Costa mostrou preocupação e expectativa com o acordo que está a ser negociado entre a Europa e os EUA  que vai afetar as exportações no setor têxtil. “Os EUA e o Canadá podem dar um grande impulso às exportações de vestuário e calçado. Mas para isso é preciso que existam condições de entrada naqueles países iguais às da União Europeia. Aí, Portugal tem futuro”; explicou.

 

OJE/Lusa

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