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Exportações para os Estados Unidos resistem à pandemia

O mercado norte-americano foi o único destino das exportações portuguesas de bens com desempenho positivo em março, consolidando o bom crescimento dos dois primeiros meses de 2020.
10 Maio 2020, 15h32

Os Estados Unidos são o quinto país de destino das exportações portuguesas e o maior parceiro fora do espaço comunitário. Os dados do Instituto Nacional de Estatística referentes a março revelam que, já, em plena crise da Covid-19, este foi o único mercado onde as vendas de bens portugueses registaram desempenho positivo, impulsionadas pelos fornecimentos industriais. O crescimento de 5,6% das vendas fechou o mês com 272 milhões de euros, que comparam com 258 milhões no período homólogo de 2019.

No outro prato da balança, as importações dos Estados Unidos totalizaram 104 milhões, uma diminuição de 27,7% face aos 144 milhões registados em março do ano passado. No cômputo dos três primeiros meses do ano, a compra de bens ao tio Sam somou 404 milhões, menos 3% do que no período homólogo.

O ano de 2020 começou particularmente forte nas exportações para os Estados Unidos a registarem um crescimento de 13% entre janeiro e fevereiro.

A balança comercial de bens entre Portugal e os Estados Unidos totalizou 4.524 milhões de euros em 2019, segundo dados do INE consultados pelo Jornal Económico, dos quais 3.022 milhões referentes a exportações, praticamente o dobro do valor das importações. O saldo comercial traduziu-se, assim, por 1.517 milhões de euros favoráveis a Portugal.

Combustíveis minerais foi o produto mais exportado por Portugal, no valor de 712 milhões de euros, o que representa uma fatia de 23,6% do total. Máquinas e aparelhos são a segunda rubrica e os têxteis, com 217 milhões de vendas, a terceira. Os EUA são igualmente um grande comprador de têxteis portugueses – 122 milhões em 2019. Na lista dos produtos mais exportados, destaque para produtos químicos em materiais comuns, com 210 e 198 milhões e os maiores crescimentos: 26.5% e 28,5% num só ano. Produtos alimentares, agrícolas e calçado figuram igualmente nos lugares cimeiros da lista.

Em 2018 exportavam para este mercado 3.349 empresas portuguesas, das quais mais de 2.200 de pequena e média dimensão.

Em março, o comércio bilateral deu um tombo devido à pandemia, conforme O Jornal Económico noticiou esta sexta-feira.

 

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