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“Fábrica”, o departamento da Asseco PST que procura projetar o futuro

A “Fábrica” é um centro de desenvolvimento de software e de research que entre outras coisas pesquisa áreas emergentes, onde se inclui protótipos de inteligência artificial com o objetivo de “dar resposta à crescente transformação digital do setor bancário”.
18 Novembro 2021, 07h45

A Asseco PST, empresa com raízes na Madeira que desenvolve ofertas para a banca, possui na região a “Fábrica”, um centro de desenvolvimento de software e de research que tem entre os seus objetivos a pesquisa de áreas emergentes.

Entre as áreas emergentes sobre a quais a “Fábrica” está a trabalhar estão protótipos de inteligência artificial com o “objetivo de complementar a nossa oferta aos clientes e dar resposta à crescente transformação digital do setor bancário”, explicou Miguel Lúcio, administrador da Asseco PST.

Na “Fábrica” está também toda a equipa do produto “Banka”, a maior parte da equipa do produto “Financa” e toda a equipa de desenvolvimento de Canais digitais e Portais”.

Miguel Lúcio diz que Asseco PST consegue manter uma “elevada taxa de retenção de especialistas no seu centro de desenvolvimento de software, e que esta infraestrutura é uma “aposta de futuro”.

Asseco PST pretende sinergias com Finantech

A Asseco PST foi recentemente às compras com a aquisição da Finantech, em abril. Miguel Lúcio refere que as sinergias que podem ser estabelecidas entre as duas empresas são uma das “principais mais-valias” deste negócio.

“Nas áreas em que há alguma sobreposição da oferta teremos de ter uma estratégia concertada para deixarmos de lado qualquer tipo de concorrência. Nas áreas em que somos complementares o objetivo central será sempre o de garantir as melhores soluções para os clientes”, explica Miguel Lúcio.

O administrador da Asseco PST diz também que esta operação de aquisição deve permitir a cada uma das empresas ter potencialmente “melhores condições de acesso a mercados onde tem menos presença”.

Sobre a aquisição da Finantech Miguel Lúcio diz ainda que o objetivo “não é integrar para absorver, mas respeitar a individualidade de cada empresa. Queremos contar com as pessoas que trouxeram a Finantech até aqui. A Asseco PST ganhará know-how para apresentar as melhores soluções na componente relativa ao mercado de capitais, a Finantech seguramente beneficiará da nossa experiência na vertente financeira”.

Miguel Lúcio abordando a pandemia disse que esta “impôs a adoção do digital e os canais digitais na banca deixaram de ser canais complementares para serem a forma possível de interação dos bancos com os seus clientes e concretizarem negócios”.

Já o CEO da Finantech, João Marta da Cruz, refere que a Finantech possui cerca de duas dezenas de clientes em Portugal, onde se inclui os cinco maiores grupos bancários a operar no nosso mercado.

“Cerca de 80% da nossa faturação de cinco milhões de euros no último exercício foi gerada em Portugal”, refere João Marta da Cruz, que sublinha que a Finantech possui alguns contratos em  Angola e Cabo Verde.

“O estádio de evolução e maturidade dos mercados de capitais nestes países é bastante diferente do mercado português e as aplicações da Finantech podem aportar bastante valor para mercados emergentes”, diz João Marta da Cruz.

“Enquanto empresas especializadas no desenvolvimento de software, o nosso campo de eleição para recrutamento será sempre o de programadores e analistas”, acrescenta o CEO da Finantech.

Miguel Lúcio diz que no caso da Asseco PST, a empresa é exportadora, com 90% da faturação a vir do exterior, sendo líderes de mercado no desenvolvimento de software bancário em Angola e Cabo Verde, com uma quota de mercado acima de 80% em cada um destes países, e ainda uma presença muito significativa em Moçambique.

O administrador da Asseco PST acrescenta que a empresa já há vários anos procurava implementar uma estratégia para reforçar a sua presença no mercado português, onde está montada a componente principal da sua estrutura.

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