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Fabricante do iPhone planeia investir sete mil milhões de dólares nos EUA

A Foxconn está a estudar a hipótese de abrir uma nova fábrica na Pensilvânia, que pode criar entre 30 a 50 mil postos de trabalho.
24 Janeiro 2017, 06h20

Lembra-se do telefonema entre Donald Trump e a Presidente do Taiwan, Tsai Ing-wen, no início de dezembro? Uma conversa que pôs ‘fim’ ao corte de relações diplomáticas com a ilha, que durava há mais de 35 anos, e que deixou a China a fervilhar com a hipótese de haver uma aproximação política entre os dois governantes.

Influência da chamada telefónica ou não, a Foxconn, cuja sede é em Taiwan, está a analisar a possibilidade de transferir parte da produção para os EUA. A notícia foi avançada pelo próprio CEO da empresa, Terry Gou, citado pelo “Wall Street Journal”.

A concretizar-se, o investimento do maior fornecedor da Apple e fabricante dos famosos iPhones será de sete mil milhões de dólares (6.500 milhões de euros) e irá criar entre 30 a 50 mil novos postos de trabalho.

Segundo explicou o presidente da Foxconn, o seu maior cliente será mesmo um dos potenciais investidores deste projeto na Pensilvânia. “A Apple está disposta a investir na construção porque também precisa”, referiu Terry Gou aos jornalistas, no final de uma festa anual da empresa, no distrito de Nankang, em Taipé.

E como sai – novamente – o Presidente dos EUA desta história? De sorriso no rosto, tendo em conta que Donald Trump tem criticado publicamente a Apple por deslocar postos de trabalho para a China. Durante a campanha eleitoral, Trump ressalvou que iria obrigar a empresa dirigida por Tim Cook a “a construir os seus computadores e iPhones neste país, não na China”.

No ano passado, a Foxconn adquiriu a japonesa Sharp, fabricante de produtos eletrónicos. A aquisição movimentou 3.500 milhões de dólares (3.200 milhões de euros).

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