Um grupo de acionistas do Facebook pede o afastamento de Mark Zuckerberg do conselho de administração da empresa. Segundo a estrutura acionista, a acumulação de cargos de presidente e diretor executivo por parte do multimilionário condiciona a independência da empresa e uma eventual descentralização seria “particularmente construtiva” para o Facebook enfrentar algumas das críticas que lhe são dirigidas, como a promoção de notícias falsas e a censura.
“Se o CEO é um funcionário da empresa, ele precisa de um chefe e esse chefe é o conselho. O chairman comanda o conselho. Como é que o CEO pode ser o seu próprio chefe?”. A frase é de Andrew Grove, antigo presidente do conselho da Intel, e serve de mote às reivindicações dos acionistas do Facebook.
Desde que acumulou as funções de CEO e presidente do Facebook, em 2012, a independência da companhia de Mark Zuckerberg ficou comprometida. Segundo a revista Exame brasileira, o risco de má administração na empres subiu para o nível mais elevado tem em conta a escala feita pelo Institutional Shareholder Services (ISS).
Face a isso, os acionistas do Facebook, num documento enviado à administração, sugerem a criação de uma nova regra que permita a eleição de um novo membro para presidir o conselho de administração no prazo de 60 dias. E argumentam que só assim a empresa poderá ter uma “liderança independente” capaz de dar resposta às crescentes críticas à companhia “a respeito do seu papel na promoção de notícias falsas, censura, discursos de ódio e inconsistências na aplicação das diretrizes e políticas de conteúdo da comunidade do Facebook”.
O ano passado, Mark Zuckerberg anunciou a transferência de 99% das suas ações, no valor de 42,3 mil milhões de euros, para a instituição que controla com a esposa, Chan Zuckerberg Initiative, com a intenção de mais tarde vir a doá-las a instituições de solidariedade social.
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