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Facebook e Twitter removem contas de desinformação direcionadas a ucranianos

As redes que foram removidas pelo Facebook e Twitter impulsionavam narrativas que o próprio Putin mencionou no seu discurso quando anunciou uma operação militar na Ucrânia.
28 Fevereiro 2022, 11h16

O Facebook e o Twitter removeram duas “operações de influência secreta” anti-ucranianas no final de semana, uma ligada à Rússia e outra com conexões com a Bielorrússia, diz a “NBC News”.

Uma das operações, uma campanha de propaganda com um site onde eram promovidos pontos de discussão anti-Ucrânia, foi um desdobramento de uma conhecida operação russa de desinformação. A outra campanha usou contas hackeadas para promover propaganda anti-Ucrânia semelhante e foi vinculada a um conhecido grupo de hackers bielorrussos.

As redes que foram removidas pelo Facebook e Twitter impulsionavam narrativas que o próprio Vladimir Putin mencionou no seu discurso quando anunciou uma operação militar na Ucrânia, que desde então se transformou numa invasão em larga escala.

Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança da Meta, contou que a campanha de propaganda foi capaz de “semear histórias na internet de que a Ucrânia não estava bem” com relatos de pessoas que se faziam passar por jornalistas.

“A boa notícia é que nenhuma dessas campanhas foi tão eficaz, mas vemos esses atores a tentar atingir a Ucrânia neste momento”, garantiu. Os sites apresentavam artigos que promoviam pontos de discussão russos como “Zelensky está a construir uma ditadura neonazista na Ucrânia” e “porque a Ucrânia só vai piorar”.

O Facebook revelou o encerramento de 40 perfis ligados à operação de desinformação, argumentando que os perfis estavam integrados numa operação maior de construção de personalidade que se espalhou pelo Twitter, Instagram, Telegram e redes sociais russas.

Por sua vez, o Twitter disse que baniu mais de uma dúzia de contas vinculadas à operação News Front e South Front Russian.

O anúncio da desinformação online também serve para demonstrar que a Rússia continua a utilizar estratégias de desinformação identificadas pela primeira vez por volta das eleições de 2016, embora com alguns avanços, principalmente o uso de software que pode criar rostos humanos realistas.

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