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Facebook vai banir publicações que neguem o Holocausto

Na base da mudança de políticas da rede social está um estudo estatístico realizado com uma amostra de adultos entre os 18 e os 39 anos nos Estados Unidos em que quase um quarto disse acreditar que o Holocausto foi um mito ou é exagerado.
  • 5. Mark Zuckerberg
12 Outubro 2020, 20h23

O Facebook informou esta segunda-feira uma alteração às políticas de discurso de ódio que implicará começar banir publicações que neguem ou distorçam informações sobre o Holocausto, depois de sucessivos pedidos por parte de organizações internacionais.

Mark Zuckerberg, que tem origem judaica, escreveu hoje num post a lamentar o estado do mundo em termos de violência e a justificar a sua decisão, anunciada dois anos depois de ter publicamente criticado por utilizar o Holocausto como um exemplo de negação que pode estar errada, mas deveria ter permissão para estar no Facebook.

“Lutei com a tensão entre defender a liberdade de expressão e os danos causados ​​por minimizar ou negar o horror do Holocausto. O meu próprio pensamento evoluiu à medida que vi dados que mostram um aumento da violência antissemita”, afirmou. “Traçar as linhas certas entre o que é e o que não é discurso aceitável não é algo simples, mas com o estado atual do mundo, acredito que esse é o equilíbrio certo”, esclareceu o cofundador e diretor executivo da empresa.

Assim, a rede social irá, a partir do final do ano, direcionar os utilizadores que procuram termos associados ao extermínio de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial ou à negação dessa catástrofe histórica para informações credíveis fora do Facebook. ​​

Na base da mudança de políticas do Facebook está um estudo estatístico realizado com uma amostra de adultos entre os 18 e os 39 anos nos Estados Unidos em que quase um quarto disse acreditar que o Holocausto foi um mito, é exagerado ou não têm a certeza de ter realmente acontecido.

Só no segundo trimestre de 2020 o Facebook eliminou 22,5 milhões de discursos de ódio da plataforma. “As organizações que estudam as tendências dos discursos de ódio estão a relatar aumentos nos ataques online contra muitos grupos em todo o mundo, e continuamos os esforços para removê-los. Banimos mais de 250 organizações de supremacia branca e atualizámos as nossas políticas para lidar com grupos de milícias e QAnon”, escreveu e a diretora de políticas de conteúdo do Facebook, Monika Bickert, no blog oficial da tecnológica.

https://www.facebook.com/zuck/posts/10112455086578451

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