O Chelsea contratou Enzo Fernández ao Benfica no último dia da janela de transferências de janeiro, naquela que foi a aquisição mais cara de sempre por parte de um clube inglês, a troco de 121 milhões de euros.
Com os valores desta aquisição, os ‘blues’ gastaram uns impressionantes 611 milhões de euros na presente temporada, se juntarmos os negócios feitos no mercado de verão. Apesar destes valores deixarem muitas dúvidas no que diz concerne ao cumprimento do fair-play financeiro, o Chelsea optou por estender a duração dos contratos e assim contornar as regras da UEFA.
Em causa estão as regras impostas pela UEFA que determinam um limite máximo de prejuízo de 60 milhões de euros a cada período de três anos. No entanto, para fazer estas contas, o dinheiro gasto em cada transferência deve ser dividido pelos anos de contrato assinado entre o jogador e o clube (neste caso o Chelsea).
Ou seja, no caso de Enzo Fernández, que assinou contrato até junho de 2031, o valor em causa (121 milhões de euros) deve ser dividido pelos oito anos e meio de contrato, afim de percebermos se o clube londrino está a cumprir as regras. Neste caso, o internacional argentino vai custar qualquer coisa como 15 milhões de euros por época até o contrato chegar ao fim.
É precisamente este o “segredo” do Chelsea. Os jogadores contratados por valores elevados estão a assinar contratos de longa duração, de forma a que os valores sejam divididos no tempo. Foi o caso de Wesley Fofana (que assinou até 2029, a troco de 80 milhões de euros) e Mikhaylo Mudryk (que assinou até 2029, a troco de 70 milhões de euros) que, juntamente com Enzo, foram as compras mais caras do Chelsea na presente temporada.
Uma “falha” na lei que tem permitido ao Chelsea abrir os cordões à bolsa desde que o multimilionário Todd Boehly é dono do clube, tendo sucedido ao oligarca russo Roman Abramovich.