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Falta de bordadeiras vai ser problema grave em 10 anos

Últimos dados oficiais apontavam para a existência de 1500 bordadeiras no ativo.
8 Dezembro 2017, 14h24

Apesar de apreciado em todo o Mundo, o Bordado Madeira é uma arte em risco. A Região não consegue captar jovens para a profissão e as atuais bordadeiras têm todas idades acima dos 40 anos.

Os últimos dados avançados pelo presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, durante a apresentação do livro “Casa de Bordados”, de Teresa Klut, apontavam para a existência de 1500 bordadeiras no ativo e uma receita gerada de um milhão de euros por ano.

“A falta de bordadeiras vai ser um grande problema dentro de 10 e 15 anos. As jovens não estão predispostas a trabalhar nesta área e não se trata de uma questão financeira, mesmo subindo o pagamento dos bordados as pessoas não têm paciência”, lamenta João Vacas, sócio-gerente da Bordal, uma das principais fabricantes e exportadoras do Bordado Madeira.

A origem do Bordado Madeira remonta ao início do povoamento da ilha, no século XV, mas as peças só ganharam fama internacional no século XIX. Na década de 80 do século passado, havia ainda mais de 30 mil bordadeiras na região autónoma.

Para promover a paixão por esta arte, a Bordal diz valorizar o trabalho das bordadeiras com prémios de qualidade e de entrega dentro dos prazos solicitados, mas a marca oferece também workshops semanais onde os participantes ficam a conhecer todo o processo de produção, para além de aprenderem os pontos básicos deste bordado.

Quem quiser ensaiar alguns pontos do Bordado Madeira pode também adquirir um kit, lançado este ano. Trata-se de um conjunto composto por uma pen, pano e linha, que ensina os principais pontos, e que tem sido muito procurada sobretudo pelos turistas que visitam a Madeira.

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