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Falta de gelo? Mercadona sem limitação de vendas nas lojas em Portugal

Os supermercados em Espanha estão a limitar o número de embalagens de gelo que vendem por cliente, tendo em conta a escassez deste produto devido à maior procura por causa do calor e à menor produção provocada pelos preços da eletricidade.
11 Agosto 2022, 17h01

A Mercadona disse esta quinta-feira à Lusa que “não existe qualquer limitação” na venda de gelo nas lojas desta cadeia de supermercados no mercado português.

Os supermercados em Espanha estão a limitar o número de embalagens de gelo que vendem por cliente, tendo em conta a escassez deste produto devido à maior procura por causa do calor e à menor produção provocada pelos preços da eletricidade.

“Não existe qualquer limitação na venda de gelo nas nossas lojas em Portugal”, asseverou à Lusa fonte oficial da cadeia de supermercados espanhola.

Na semana passada, fonte oficial do Lidl Portugal tinha confirmado que, “dado o calor que se tem vindo a sentir de norte a sul do país nas últimas semanas e meses”, o mesmo levou a “um aumento muito elevado no consumo de gelo”.

No Lidl “procuramos trabalhar com antecedência e em efetiva parceria com os nossos fornecedores — e este caso não é exceção”, pelo que “temos acompanhado a situação de forma constante”, sobretudo nas lojas que registam maior volume de vendas, prosseguiu, na altura a mesma fonte, que afastou a necessidade de limitar a venda de embalagens de gelo por cliente.

Também a Auchan Retail Portugal tinha confirmado à Lusa há precisamente uma semana o aumento das vendas do gelo, afastando para já um cenário de racionamento.

“Podemos afirmar que o nosso fornecedor já manifesta alguma dificuldade de produção/entrega, mas, para já, não sentimos necessidade de racionamento”, acrescentou a mesma fonte, na semana passada.

O Pingo Doce afirmou não ter prevista “qualquer restrição” à venda de gelo nas suas lojas e o Intermarché desconhece qualquer “racionamento de produtos” no mercado português.

O Continente disse, também na semana passada, que o aumento da procura de gelo em Portugal em julho foi de 93%, admitindo a possibilidade de existirem “ruturas pontuais”, mas afastou cenário de racionamento ou subida do preço.

Em Espanha, o racionamento na venda de gelo — e o desaparecimento do produto de supermercados e gasolineiras — chegou quando se esgotaram as reservas do produto, resultado de uma “tempestade perfeita” em que se juntaram o aumento dos preços da eletricidade e as ondas de calor que afetam o país desde junho, segundo os empresários.

A produção de gelo, com vista a responder à habitual procura de verão, começa a fazer-se nos meses iniciais do ano, mas em 2021, o aumento do preço da eletricidade gerou custos de fabrico e armazenamento que levaram a parar as fábricas.

A inflação em Espanha foi de 10,8% em julho, o valor mais alto em 38 anos, desde setembro de 1984.

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