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Filhos de Fidel Castro poderão deixar Cuba para fugir para Espanha

Com as manifestações em Cuba a subirem de tom, Idalmis Menéndez, que foi casada com um dos filhos de Fidel Castro, acredita que os filhos do ditador poderão fugir para Espanha por terem passaporte espanhol e por terem negócios no país vizinho.
13 Julho 2021, 15h59

Os protestos em Cuba, que começaram em Santiago e espalharam-se por todo o país, prometem continuar. Em resposta, o regime liderado por Miguel Díaz-Canel tem reprimido as manifestações recorrendo à força.

As forças de segurança têm reprimido brutalmente as manifestações em Santiago, Matanzas ou Cárdenas. O objetivo dos manifestantes agora é a zona de Miramar na capital, onde vivem os altos cargos do governo cubano.

Nesta zona também residem os cinco filhos que Fidel Castro teve com a sua segunda esposa, Dalia Soto, cada um a viver na sua mansão, de um total de oito filhos.

Mas os descendentes de Castro já estão a preparar a sua saída da ilha caribenha. Alguns poderão mesmo deslocar-se para Espanha, conforme denuncia Idalmis Menéndez, que foi casada durante seis anos com Álex Castro, filho do ditador.

“Acredito que o meu ex-marido já saiu” de Cuba”, diz a nora de Castro ao “Espanol” a partir de Barcelona onde vive desde 2001. “Entre outras coisas, porque há cerca de um mês não publica nada nas redes sociais. Eu sei que ele faz isso quando está em viagem. Sei que o meu ex-marido já esteve muitas vezes em Espanha e algumas dessas foram recentes. Não custa nada para eles. Para algumas viagens, utilizam aviões privados”, contou.

Recorde-se que Fidel Castro tem sangue galego: o seu pai, Ángel Castro y Argiz, nasceu em Láncara, na província de Lugo na comunidade autónoma da Galiza, tendo mais tarde emigrado para Cuba, onde se tornou um homem de negócios.

Por isso, a ex-nora acredita que os oito filhos de Castro têm todos passaporte espanhol. “Eles têm passaporte espanhol, pela origem galega de Fidel. Têm laços aqui em Espanha, principalmente por questões de negócios. Aqui eles fecham negócios com pessoas com muito dinheiro. Com empresários de Barcelona, ​​Matadepera, Girona. Mas não só da Catalunha, sabemos que eles também têm negócios com pessoas da Galiza”, referiu Idalmis Menéndez.

No domingo, 11 de julho, dia em que a pandemia causou quase 7.000 novos casos, e 47 mortes associadas ao novo coronavírus no país, os cubanos saíram às ruas para protestar contra a ditadura que governa o país, mas também pela forma como tem sido gerida a pandemia.

No mesmo dia, em resposta aos protestos Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, pediu aos seus apoiantes para saírem às ruas e estarem prontos para o combate. “A ordem de combate está dada. Revolucionários às ruas”, afirmou o governante, segundo a agência “EFE”.

Os apelos do presidente cubano tiveram pouco efeito e como tal esta segunda, Miguel Díaz-Canel, mudou de abordagem e culpabilizou os Estados Unidos pelos protestos.

“A quem incomoda o sistema político de Cuba? Aos Estados Unidos, que não veem as virtudes de Cuba, de um sistema que funciona para todos e tem resultados na saúde, na educação e na segurança das pessoas”, apontou Miguel Díaz-Canel.

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