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Famílias com crianças gastam mais 658 euros por mês do que famílias sem filhos

As despesas anuais das famílias com filhos são, em média, 44% mais elevadas do que as dos agregados familiares que não têm crianças dependentes, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
19 Dezembro 2016, 13h46

De acordo com os resultados provisórios do Inquérito às Despesas das Famílias 2015/2016, a despesa anual média dos agregados familiares foi de 20.916 euros, um aumento de 2,6% face à registada em 2010/2011.

As despesas com habitação, transportes e com produtos alimentares continuam a representar a maior parcela da despesa média das famílias: 60,9%.

As famílias gastaram mais em habitação (aumento de 11,6%) e produtos alimentares (mais 11,4%) e menos em bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos (redução de 17,4%), com lazer, recreação e cultura (menos17,2%) e nas despesas em restaurantes e hotéis (menos 15,8%).

Os resultados do inquérito indicam que a despesa média anual das famílias com filhos é 44% mais elevada do que a despesa média das famílias sem filhos. Ou seja, em média, as famílias com crianças dependentes gastam mais 658 euros por mês do que as famílias sem filhos.

A despesa média anual dos agregados familiares com crianças dependentes é de 25.892 euros, enquanto as famílias que não têm filhos gastam, em média, 17.997 euros por ano (menos 658 euros por mês).

Em 2015/2016, os agregados familiares sem filhos aumentaram a sua despesa anual média em 7,7 pontos percentuais, ao passo que os agregados familiares com filhos diminuíram a despesa anual média em 3,3 pontos percentuais.

As famílias sem crianças dependentes gastam mais em habitação (34,3%) do que as famílias com crianças (28,8%), e menos no ensino (0,7% contra 4%) e em transportes (13,5% contra 16,1%).

O INE refere ainda diferenças ao nível dos gastos em saúde (6,6% nas famílias com crianças, 4,5% nas famílias sem crianças), em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (15% contra 13,7%) e em vestuário e calçado (2,8% contra 4%).

O peso das despesas em saúde é relativamente mais elevado para as famílias sem crianças dependentes em que existe pelo menos um idoso, representando 9,3% no caso dos idosos que vivem sós e 8,2% no caso das famílias constituídas por dois ou mais adultos, em que pelo menos um deles é idoso.

Os dados indicam ainda que, por região, apenas o valor da despesa anual média na Área Metropolitana de Lisboa ultrapassa a média da despesa no país, em cerca de 14,6%.

As restantes regiões apresentam uma despesa anual média mais baixa do que a verificada ao nível nacional, sendo de destacar a assimetria na Região Autónoma dos Açores (-17,9%), no Alentejo (-14,4%) e na Região Autónoma da Madeira (-11,7%).

 

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