As famílias fecharam o ano passado com um total de 182,4 mil milhões de euros em depósitos, mais 9,6 mil milhões do que no final de 2021. Uma evolução que, segundo o Banco de Portugal, demonstra um abrandamento do crescimento das poupanças depositadas na banca.
“À semelhança dos empréstimos concedidos aos particulares, também o crescimento dos depósitos tem vindo a desacelerar: de 8,1% em 2020 abrandou para 6,6% em 2021 e para 5,4% em 2022. Neste último ano, o abrandamento foi mais expressivo nos meses de novembro e dezembro”, de acordo com os dados sobre os empréstimos e depósitos bancários divulgados pelo regulador, referentes a dezembro.
No final de 2022, o montante de empréstimos concedidos para habitação pelos bancos aos particulares era de 100,3 mil milhões de euros, mais 3,4 mil milhões do que em dezembro de 2021.
Os empréstimos à habitação cresceram 3,6% neste período, em comparação com 2021. “No entanto, a evolução diferiu ao longo do ano: no primeiro semestre, a concessão de empréstimos acelerou e, a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro, abrandou consecutivamente. Este movimento de desaceleração foi semelhante ao registado na área do euro”, refere o Banco de Portugal.
Já o montante de empréstimos ao consumo cresceu 6% em 2022, o que compara com um aumento de 2,4% no ano anterior.
No caso das empresas, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos foi de 75,4 mil milhões de euros, menos 300 milhões de euros do que no final de 2021. Desde o início de 2021 que o crescimento destes empréstimos tem vindo a abrandar: de 9,7% em 2020, para 4,2% em 2021 e para 0,6% em 2022.
No ano passado, apenas os empréstimos concedidos às microempresas apresentaram um ritmo relativamente constante, indica o regulador. Já os empréstimos às grandes empresas desaceleraram ao longo do ano e os empréstimos concedidos às pequenas e médias empresas recuaram, respetivamente, 2,4% e 2,3%.