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Faro é o aeroporto com maior queda de tráfego no segundo trimestre em Portugal

O Aeroporto Internacional de Faro registou uma queda de 97% entre abril e junho, face ao período homólogo do ano passado, segundo a ANAC.
30 Agosto 2020, 10h06

Entre abril e junho registou-se em Portugal uma quebra de tráfego na ordem dos 91% em número de movimentos e de 97,5% em número de passageiros transportados, revela o Boletim Trimestral da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

O aeroporto de Faro apresentou a maior quebra em número de movimentos (-97%), enquanto o aeroporto de Ponta Delgada registou a menor descida (-80%).

Já quanto ao número de passageiros transportados, menos de 388 mil (tinham sido 15 milhões no mesmo trimestre de 2019), as quebras foram mais homogéneas e superiores a 96% em todos os principais aeroportos nacionais.

A ANAC concluiu também que, no segundo trimestre de 2020, dos cerca de 11 mil movimentos comerciais realizados (contra os 124 mil no período homólogo anterior), apenas 67% corresponderam a movimentos comerciais de passageiros (94% no segundo trimestre de 2019).

Assim, em contexto de restrições à operação impostas pela pandemia de covid-19, verificou-se um aumento dos voos de carga, cujo peso cresceu para 21% (1% no segundo trimestre de 2019).

Por sua vez, a aviação executiva cresceu em representatividade, ainda que em contexto de quebra em termos absolutos, devido à natureza do serviço “personalizado e customizado”, e, por fim, os voos para fins médicos e de assistência cresceram cerca de 40%, face aos valores registados em igual período de 2019.

O segmento doméstico, pelo contrário, apresentou um valor “menos dramático”, acrescenta a ANAC, com uma quebra de 77% do número de operações, perante os 94% registados no segmento internacional.

O segmento doméstico representou mesmo 44% do total de voos realizados no período em análise, quando em igual período de 2019 a sua representatividade não excedia os 16%.

“Finalmente, importa acrescentar que as variações em cadeia alcançadas nas operações aéreas deste trimestre – de 39% em maio e de 79% em julho – parecem evidenciar alguns frutos decorrentes dos esforços do sistema da aviação civil internacional e nacional, esperando-se que os mesmos venham a traduzir uma recuperação do tráfego de passageiros nos trimestres seguintes”, concluiu a ANAC.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

Os efeitos da pandemia já se refletiram na economia portuguesa no segundo trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 16,5% face ao mesmo período de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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