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Faro recebe o Scianema: festival de cinema dedicado aos Oceanos e sua proteção

O cinema ao serviço dos oceanos. A Scianema, ONG portuguesa de conservação marinha, acredita que sensibilizar é meio caminho para a proteção. E não baixar os braços também. O festival decorre entre 3 e 5 de março, em Faro.
2 Março 2022, 16h45

Se até há poucos dias uma pandemia ocupava o pensamento da Humanidade, agora uma guerra no continente europeu ganhou protagonismo na mente e coração de muitos de nós. Toda a atenção e empenho serão poucos, mas outras questões prementes devem marcar a agenda. Como a proteção dos oceanos, os seus habitantes e ecossistemas.

É essa a missão do Scianema, o único festival de cinema ambiental exclusivamente dedicado ao oceano, em Portugal. Sensibilizar e educar o público sobre as principais ameaças que os mares enfrentam, e alertar para o que pode ser feito para recuperar e proteger os seres que neles habitam.

A Sciaena – ONG portuguesa de conservação marinha – organiza a 5ª edição do festival, que desde o ano da sua fundação, 2016, se impôs na agenda cultural da cidade de Faro. Este ano, o Scianema terá lugar, pela primeira vez, no Teatro Lethes, espaço icónico da capital algarvia, de 3 a 5 de março, pelas 21h. As sessões têm entrada gratuita e serão complementadas por debates com especialistas de cada tema, que contam igualmente com a presença dos realizadores.

O festival arranca na quinta-feira, dia 3, com a exibição do filme norte-americano “Picture a Scientist”, de Sharon Shattuck e Ian Cheney, no qual se aborda o percurso da Mulher na ciência ao longo das últimas décadas. A investigadora Lisa Borges, com mais de 25 anos de experiência na área da ciência pesqueira, é a convidada da primeira conversa-debate sobre as desigualdades, pressões e abusos de que a Mulher tem sido alvo na ciência.

“Se o Mar Deixar”, de Luís Alves de Matos, é o filme escolhido para o segundo dia do Festival, e conta com a presença do realizador. Dia 5, o dia de encerramento da 5ª edição do Scianema, é dedicado à Ria Formosa, às suas gentes, biodiversidade e respetivas ameaças, com a exibição de dois documentários filmados in loco.

A sessão dupla foca-se, primeiro, na comunidade de cavalos-marinhos da Ria Formosa com o filme “Cavalos de Guerra” de João Rodrigues. Toda a atenção é pouca para a proteção e preservação daquela que já foi a maior população desta espécie em todo o mundo. E, depois, na estreia mundial do documentário “From Culatra”, da realizadora Ana Monteiro, centrado no quotidiano da comunidade desta ilha algarvia, no seu percurso até aos dias de hoje e no futuro que quer para a ilha.

O encerramento do festival caberá aos dois realizadores, João Rodrigues e Ana Monteiro, que irão partilhar com o público as suas perceções e experiências na Ria Formosa.

Na sua página de Facebook, lê-se que o Scianema 2022 “abre as portas do mundo marinho para o tornar acessível a todos através do cinema, promovendo uma discussão aberta entre o público, investigadores, estudantes e cineastas”. Debater é preciso, seja através da partilha de conhecimento, seja através da 7ª arte. Boas sessões!

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