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Faturação da Inapa cresceu 20% em 2019, para mais de mil milhões

Esta tendência de crescimento contraria a tendência de queda do consumo de papel na Europa Ocidental, que registou em 2019 um decréscimo de 7,9%”, alertam os responsáveis da distribuidora de papel.
24 Abril 2020, 18h39

As vendas totais da Inapa em 2019 ascenderam a 1.031 milhões de euros, 20% acima do ano anterior, anunciou a empresa em comunicado emviado à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

As vendas de papel da Inapa no ano passado registaram um crescimento de 21% em quantidade, para 887 mil toneladas.

Por seu turno, as receitas das áreas de embalagem e comunicação visual cresceram 4%, para 112 milhões de euros;

O EBITDA da Inapa em 2019 fixou-se em 26,7 milhões de euros, 10,2 milhões acima do ano anterior, enquanto a  margem bruta total registou uma subida de 26,5 milhões de euros face ao exercício de 2019.

“A Inapa faturou 1.030,8 milhões de euros em 2019, mais 170,5 milhões de euros do que em 2018. Este crescimento foi obtido na sequência da integração do negócio da Papyrus Deutschland, empresa dedicada à distribuição de papel, cuja aquisição foi concluída em julho do ano transato”, detsaca o comunicado da empresa”, acresxcentando que “o impacto desta integração é ainda visível na evolução das vendas de papel, que registaram um aumento de 21% face a 2018”.

“Esta tendência de crescimento contraria a tendência de queda do consumo de papel na Europa Ocidental, que registou em 2019 um decréscimo de 7,9%”, alertam os responsáveis da Inapa.

“A conclusão da aquisição da Papyrus Deutschland permitiu-nos alcançar uma clara posição de liderança na
distribuição de papel nos mercados em que a Inapa está presente, constituindo uma sólida base de desenvolvimento para o futuro do Grupo”, afirma o CEO do Grupo Inapa, Diogo Rezende.

Segundo este responsável, “do ponto de vista de aumento da eficiência das operações, o montante de sinergias identificado com esta operação está acima dos 20 milhões de euros anuais, situando-se na parte superior do intervalo das estimativas iniciais apresentadas aos acionistas”.

De acordo com os responsáveis da Inapa, “as empresas de embalagem e de comunicação visual do Grupo Inapa tiveram um crescimento de faturação de 4%, sendo que o ‘cross-selling’ destes produtos realizado pelas empresas de distribuição de papel apresentaram uma evolução ainda mais forte”.

“A Inapa prosseguiu com a sua estratégia de melhoria de ‘mix’ de vendas através da aposta em produtos de maior valor acrescentado, o que levou a um aumento da margem bruta de 26,5 milhões de euros face a 2018. Os custos de exploração líquidos aumentaram 16,8 milhões de euros (+12,7%), refletindo a integração da Papyrus Deutschland e os impactos da adoção na norma IFRS16”, adianta o referido comunicado.

Os custos não recorrentes da Inapa no ano passado totalizaram 1,6 milhões de euros, menos 24% quando comparado com 2018, “devido a processos de reestruturação ainda a decorrer nas áreas logística e comercial, em particular
em França com a continuação do processo de otimização da estrutura após a integração da exPapyrus França”.

O Grupo Inapa fechou o ano com um resultado líquido negativo de 4,1 milhões de euros, “decorrente da quebra significativa de consumo de papel na Europa, agravado pela indefinição sobre a autorização de compra da Papyrus Deutschland durante todo o primeiro semestre e da reorganização do Grupo”, justifica Diogo Rezende.

A dívida líquida consolidada da Inapa a 31 de dezembro de 2019 foi de 337 milhões de euros, mais 65 milhões
do que em 2018.

“Este crescimento deveu-se aos efeitos de adoção da norma [contabilística] IFRS16 (com um impacto de cerca de 44 milhões de euros) e da aquisição da Papyrus Deutschland por um total de 46 milhões de euros. Esta evolução é consistente com a política de redução do passivo financeiro que a Inapa tem vindo a seguir, com base na gestão rigorosa do fundo de maneio e na aplicação do ‘cash-flow’ gerado pela atividade”, conclui o comunicado da Inapa.

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