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Faturação do retalho nacional desce para quase metade durante o primeiro fim-de-semana de confinamento

As medidas de restrição à mobilidade durante o fim-de-semana traduziram-se em quebras muito significativas nos setores da moda, perfumarias, eletrónica e restauração, sendo que estes já vinham numa trajetória de perda desde o início do Estado de Emergência, revela um relatório da REDUNIQ.
20 Novembro 2020, 16h10

A faturação dos negócios nacionais caiu 43% no primeiro fim-de-semana de recolher obrigatório, de acordo com um relatório da REDUNIQ, a rede de pagamentos por cartão líder em Portugal. O número de transações neste período também caiu, ainda que menos do que a faturação, sendo que esta tendência já se verificava desde a implementação deste segundo Estado de Emergência.

O relatório aponta para as maiores quebras em cadeia nos setores da moda, perfumarias, eletrónica, restauração e o grande retalho (hiper e supermercados), que registaram 63%, 57%, 50%, 45% e 42% de diminuição da faturação no primeiro fim-de-semana de confinamento após as 13 horas. A saúde e o retalho alimentar registaram as menores perdas, com 7% e 15%  de faturação a menos, respetivamente.

Além deste impacto, já no fim-de-semana anterior, quando vigoraram restrições à circulação entre concelhos, as gasolineiras foram os principais estabelecimentos afetados, registando quebras de homólogas de 40% e 32% quando comparando com 29 de outubro, último dia antes da entrada em vigor das medidas.

Estendendo a análise a todo o Estado de Emergência, que vigora desde 9 de novembro, a primeira semana representou quebras de 64%, 33% e 24%, respetivamente, na hotelaria, restauração e moda, isto em termos homólogos, ao passo que os hiper e supermercados e o retalho alimentar registaram picos de 4% e 8%.

Já relativamente a outubro, verifica-se que o volume global transacionado em Portugal caiu 9% em termos homólogos, sendo que Lisboa e Faro lideram as perdas, com 18% ambas, ao passo que o Porto registou quebras de 9%.

Em termos acumulados, Lisboa perdeu, desde o início do ano até outubro, 26% da faturação que havia verificado em 2019, um cenário que se torna mais grave sabendo que a capital contabilizou um terço da faturação do retalho nacional. Faro lidera estas perdas, com menos 29%, sendo que a Madeira e Açores também registam 22% e 19% de quebras.

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