[weglot_switcher]

Federação dos Médicos exige medidas para proteger profissionais de saúde e utentes

A organização destaca que “os serviços de saúde funcionam no limiar da sua capacidade” e que para os profissionais “que trabalham diariamente num Serviço Nacional de Saúde com grandes carências” colocando-se em dúvida a capacidade para lidar com um aumento de procura.
29 Fevereiro 2020, 18h55

Com a evolução do vírus Covid-19, apesar de não existirem casos confirmados em Portugal, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz que “a evolução da infeção tem sido um assunto de grande preocupação” que tem acompanhado de perto, uma vez que os profissionais de saúde são dos primeiros confrontados com as suspeitas.

“Em relação às medidas adequadas para proteger a população, a FNAM reconhece a competência técnica da Direção-Geral de Saúde e a sua função da Autoridade de Saúde Nacional”, afirma a federação em comunicado, sustentando que “dispensa o aproveitamento político e alarme social”.

“A experiência nos países em que esta infeção tomou proporções significativas revela que os médicos, estando na linha da frente da assistência aos doentes, estão expostos a situações de risco muito elevado, com múltiplos casos de doença grave e desfechos fatais, nestes profissionais”, aponta a Federação dos Médicos, exigindo que “sejam tomadas todas as medidas de segurança necessárias para proteger a saúde dos médicos, dos restantes profissionais de saúde e das suas famílias”.

No entanto, a organização destaca também que “os serviços de saúde funcionam no limiar da sua capacidade” e que para os profissionais “que trabalham diariamente num Serviço Nacional de Saúde com grandes carências, coloca-se a dúvida sobre a capacidade instalada para lidar com um eventual aumento extraordinário da procura de cuidados e que envolve particulares condições de segurança”.

Alguns exemplos dados pela Federação dos Médicos, que mostra ter conhecimento de situações preocupantes, é que em várias unidades de saúde têm poucos equipamentos de proteção, e que existe “insuficiência de salas de isolamento, onde os doentes possam ser acomodados e observados com segurança”, bem como o “longo tempo de espera para atendimento” na linha de apoio ao médico, fazendo com que a confirmação de um caso de infeção seja demorada e coloque em causa a saúde dos utentes e dos profissionais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.