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Fenprof diz que resultado eleitoral é derrota das “políticas antilaborais e antissociais” do PSD e CDS

A federação sindical docente considera que há uma correlação de forças políticas que vai continuar a alimentar as “justas expetativas” dos professores e a assumir compromissos favoráveis à Escola Pública.
28 Maio 2019, 16h22

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considera que os resultados das eleições europeias revelam uma derrota as “políticas antilaborais e antissociais” defendidas pela direita. A federação sindical docente considera que há uma correlação de forças políticas que vão continuar a alimentar as “justas expetativas” dos professores e a assumir compromissos favoráveis à Escola Pública.

Em comunicado, a Fenprof reagiu aos resultados eleitorais, que levaram o PSD e CDS a assumir que não tinham atingido os objetivos esperados, dizendo que estes representam “a pesada derrota dos partidos que governaram até 2015 [PSD e CDS em coligação], impondo políticas antilaborais e antissociais e tentando criar condições para o desenvolvimento de um projeto de privatização das funções sociais do Estado, onde se incluía a Educação”.

Os dados oficiais revelados pelo Ministério da Administração Interna revelam que o PSD foi a segunda força mais votada, com 21,94% dos votos (727.210 votos), o que lhe permite eleger seis deputados. Já o CDS foi o quinto partido mais votado, com 6,19% (205.101 votos) e a eleição de apenas um deputado para o Parlamento Europeu. Em 2014, os dois partidos tinham concorrido em coligação e conquistado 27,71% (909.904 votos) e eleito sete eurodeputados.

O sindicato diz ainda que a vitória do PS nestas eleições ficou “muito longe da maioria absoluta” e que tal ganha “maior destaque” depois de o primeiro-ministro ter vindo considerar estas eleições como “uma espécie de ‘referendo’ ou ‘sondagem’ sobre a ação do Governo”. O PS conseguiu 33,38% (1.106.300 votos) e elegeu nove eurodeputados, mais um do que em 2014.

“A Fenprof destaca ainda a confirmação de uma correlação de forças políticas que é favorável à Escola Pública e continuará a alimentar justas expetativas dos professores em relação à resolução dos seus problemas e dos que, de uma forma geral, afetam a organização e o funcionamento das escolas”, lê-se no comunicado, notando que agora vai procurar conhecer as posições dos partidos políticos para a próxima legislatuira, levando-os “a assumir compromissos concretos”.

A Frenprof saúda todos os professores que exerceram o seu direito de voto no passado dia 26 de maio e, “de forma particular, os que decidiram levar, de forma explícita, a luta até ao voto, designadamente usando o crachá 9A 4M 2D ou envergando t-shirt com essa e ou outra inscrição de índole reivindicativa”, referente à reivindicada recuperação integral dos 9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo de serviço dos professores, que foi congelado na altura da troika.

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