[weglot_switcher]

Fenprof pede intervenção do Governo para garantir regresso de professores no estrangeiro

Professores em Timor-Leste, Moçambique ou qualquer outro país não podem ser abandonados, alerta a Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Estrutura sindical pediu hoje intervenção do Governo para que seja possível o seu regresso a Portugal.
  • José Sena Goulão/Lusa
24 Março 2020, 11h47

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) revela que “tem recebido de inúmeros professores que se encontram a trabalhar no estrangeiro, principalmente em PALOP, o pedido de intervenção junto das autoridades nacionais para que seja possível o seu regresso a Portugal, neste perigoso tempo de pandemia”. São professores que trabalham em escolas portuguesas, da tutela direta do Governo de Portugal, mas também outros que se integram em projetos de cooperação entre o nosso país e aquele em que se encontram.

“O governo de Portugal tem o dever de garantir o regresso dos professores que trabalham no estrangeiro”, alerta a Fenprof nesta terça-feira, 24 de março, apelando à intervenção do primeiro-ministro, António Costa

Segundo a Fenprof, logo que chegaram os primeiros apelos, no caso, de docentes que exercem atividade na Escola Portuguesa de Dili, esta estrutura sindical, através do Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE), entrou em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Em comunicado, a Fenprof explica que após o contacto a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, foi informada que esta governante “procurou articular a sua ação com o Ministério da Educação e, até, no caso de Timor, com o Embaixador de Portugal em Dili”.

“Porém, não se conhecem quaisquer desenvolvimentos e ações concretas que tenham resultado destas diligências iniciais”, realça a estrutura sindical dos professores, dando conta de que, simultaneamente, começaram a surgir apelos de docentes que se encontram a trabalhar em outros países, “uns por necessidade de emprego e outros por fraterna solidariedade, no sentido de poderem regressar a Portugal”.

A Fenprof defende que “cabe ao Estado português, mais concretamente ao Governo, garantir que esse regresso acontecerá muito brevemente, devendo, de imediato, os interessados em regressar ser contactados e informados sobre procedimentos e datas de viagem”.  E realça: “neste momento, estes professores sentem-se abandonados pelas autoridades do seu próprio país e esse é um sentimento terrível!”.

Estrutura sindical liderada por Mário Nogueira, apela ao Governo e ao primeiro-ministro, António Costa, “a dar resposta a este legítimo desejo de professores portugueses, de regressar a Portugal para junto das suas famílias”, salientando que “vivemos um tempo em que a prioridade terá de ser dada às pessoas, incluindo as que se encontram longe do seu país”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.