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Ferrari desce e Mercedes sobe. Novos modelos apontam a clientes diferentes

O Salão de Frankfurt foi o palco de uma inversão de papéis na indústria automóvel. Enquanto a Ferrari apresenta o Portifino, que custará cerca de 200 mil euros, a Mercedes-AMG estreia o Project One, que não ficará por menos de 2,2 milhões.
  • Daimler
12 Setembro 2017, 14h01

O Salão de Frankfurt é o palco de muitas estreias por estes dias. Duas delas marcam uma inusitada troca de papéis, ou de públicos-alvo. Ao passo que a Ferrari estreia no certame germânico o Portofino, o seu superdesportivo de entrada de gama, a Mercedes-Benz AMG revela o Project One, um modelo que aponta ao limite superior do segmento.

O modelo italiano será o substituto do California e deverá ter um preço que rondará os 200 mil euros, ligeiramente menos que o Project One, concept que incorpora tecnologia híbrida oriunda da F1 e terá uma edição limitada a 275 unidades, cada uma custando não menos de 2,2 mil milhões de euros.

Apesar de competirem em patamares distintos, ambos os modelos se apresentam cruciais para as marcas. Por um lado, o Portofino deverá ajudar a Ferrari a atingir as 9000 unidades vendidas em 2019, um aumento face às 8400 esperadas para este ano. Por outro lado, o Project One crítico para os esforços do seu CEO, Dieter Zetsche, em mostrar ao público que a oferta elétrica da marca não os desviará do desportivismo e exclusividade.

Rivais à espreita
Além destas duas marcas, também a Lamborghini está atenta às alterações no segmento premium, especialmente numa altura em que o Grupo VW embarca numa ofensiva de eletrificação que deverá custar à empresa cerca de 20 milhões de euros.

O primeiro sinal dessa mudança na marca italiana será o Urus, que a marca revelou em vídeo no certame, apresentando-o como o primeiro SUV superdesportivo e o seu primeiro híbrido.

“O próximo passo para a Lamborghini será a hibridização”, afirmou Stefano Domenicali, CEO da marca, em entrevista à Bloomberg. “Mas estes modelos icónicos têm de ser diferentes dos restantes, esse é um posicionamento que temos de manter para que o sonho continue vivo”.

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