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Fidelidade planeia cotar a Luz Saúde em bolsa

A Fidelidade, detida maioritariamente pela chinesa Fosun International, vai nomear bancos de investimento para organizar uma oferta pública inicial (IPO), depois de ter convidado recentemente os investidores a apresentarem propostas, segundo a Reuters, que cita três fontes.
19 Maio 2023, 15h12

A seguradora portuguesa Fidelidade está a explorar uma potencial entrada em bolsa da sua subsidiária de saúde, a Luz Saúde, disseram à Reuters seis pessoas familiarizadas com o assunto.

A Fidelidade, detida maioritariamente pela chinesa Fosun International, vai nomear bancos de investimento para organizar uma oferta pública inicial (IPO), depois de ter convidado recentemente os investidores a apresentarem propostas, segundo a Reuters, que cita três fontes.

O grupo segurador espera conseguir uma avaliação de mais de mil milhões de euros (1,1 mil milhões de dólares) para a Luz Saúde, que gere cerca de 30 hospitais e clínicas em Portugal, oferecendo uma participação minoritária, disse uma das pessoas.

A Luz Saúde registou um resultado operacional de 599 milhões de euros em 2022, um aumento de 10,6% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento dos serviços de saúde privados. Os resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) cresceram 26,9% para 82 milhões de euros.

As decisões  são preliminares e a transacção pode não se concretizar, ressalva a Reuters que cita fontes.

Este cenário surge depois de a Fidelidade ter adquirido à empresa-mãe Fosun, em Setembro, os restantes 49% da Luz Saúde que ainda não detinha.

A Luz Saúde remeteu os comentários para a Fidelidade, que se recusou a comentar à Reuters, bem como a Fosun, que não respondeu a um pedido de comentário.

Uma Oferta Pública Inicial marcaria o regresso da Luz Saúde ao mercado de capitais, depois de o grupo de saúde ter deixado de negociar na Euronext Lisbon em 2018. Também poderia despertar o mercado de IPO da Europa, depois de os níveis de actividade terem caído no ano passado devido à subida das taxas de juro e à incerteza económica.

Apesar  da inflação e dos receios macroeconómicos, os cuidados de saúde continuam a ser um dos sectores mais activos do mercado, com fusões e aquisições no valor de 131 mil milhões de dólares a nível mundial nos primeiros quatro meses do ano, de acordo com a Refinitiv Deals Intelligence citada pela Reuters.

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