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Filho de Trump soube que Rússia tinha um plano para ajudar pai a ganhar eleições nos EUA

A alegada interferência russa nas presidenciais de 8 de novembro está a ser investigada pelas autoridades norte-americanas. O advogado do presidente norte-americano já sublinhou que “o presidente não teve conhecimento do sucedido e não participou na reunião”.
11 Julho 2017, 11h27

O filho do presidente norte-americano, Donald Trump, foi informado por email sobre a tentativa do Governo russo em ajudar na campanha presidencial do seu pai, antes de se ter encontrado pessoalmente com advogada russa que teria informações comprometedoras sobre a candidata rival, Hillary Clinton. A informação surge numa altura em que Donald Trump Jr. foi chamado ao Senado para explicar o encontro com a representante do Kremlin.

Segundo avança o jornal norte-americano ‘New York Times’, no email enviado ao filho mais velho do presidente dos Estados Unidos, a Rússia deixava clara a intenção de interferir nas eleições presidenciais norte-americanas a favor de Donald Trump. O jornal cita pelo menos três pessoas que tiveram conhecimento da mensagem, antes de Donald Trump Jr. ter aceitado se reunir com Natalia Veselnitskaya.

Na reunião terão participado o genro de Trump, Jared Kushner, e seu chefe de campanha da altura, Paul J. Manafort. O jornal escreve que não é certo se a advogada russa terá ou não revelado informações comprometedoras sobre Hillary Clinton, mas de acordo com fontes que tiveram conhecimento do sucedido é bem provável que o tenha feito.

Num comunicado divulgado por Donald Trump Jr. “depois de brincadeiras trocadas, a mulher disse que tinha informação de que indivíduos ligados à Rússia estavam a financiar o Partido Democrata e a apoiar Hillary Clinton”. O filho do presidente prossegue, dizendo que “as declaração eram vagas, ambíguas e não faziam sentido”. “Nenhum detalhe ou informação de apoio foram dados ou oferecidos. Rapidamente ficou claro que ela não tinha informação significativa”, explica.

“Este um desenvolvimento no caso muito sério”, afirmou democrata Adam Schiff, membro da Comissão de Informações do Senado. “Tudo justifica uma investigação minuciosa. Todos os que estavam naquela reunião deveriam comparecer ao nosso comité”.

A alegada interferência russa nas presidenciais de 8 de novembro está a ser investigada pelas autoridades norte-americanas. O advogado do presidente norte-americano já sublinhou que “o presidente não teve conhecimento do sucedido e não participou na reunião”.

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