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Fim de maio com vermelho a dominar os mercados

O início de junho promete ser bastante interessante, até porque sexta-feira é dia de ‘non-farm payrolls’.
1 Junho 2023, 09h13

Um dos lemas mais conhecidos de Wall Street não teve validação este ano, nomeadamente o que diz “sell in May and go away”, uma vez que não obstante o mês ter terminado com alguma pressão vendedora, que empurrou o S&P500 para um ganho marginal de 0,3% em Maio, o certo é que o Nasdaq averbou um ganho superior a 7%, batendo assim todos os restantes índices, um sinal claro de que tal como já referi anteriormente, o rally recente está quase todo nos ombros das tecnológicas.

Com efeito, uma análise à prestação dos títulos das empresas desde o início do ano, demonstra inequivocamente que os pesos pesados da tecnologia amealharam os maiores ganhos, com Amazon, Apple, Google, Microsoft, Nvidia, Tesla e Netflix a valorizarem acima dos 30% cada, um cenário que contrasta com o vermelho que polvilha grande parte do restante mercado, portanto deixando bem claro que este movimento de recuperação apesar de robusto não é sustentável.

Isto porque chegado a um patamar em que os níveis de avaliação passam os níveis de razoabilidade, o otimismo esmorece, mesmo dentro de perspetivas muito otimistas, mas ainda assim que não são condizentes com price earnings ratio de 150 vezes, como ocorre neste momento com a Nvidia, que está assim com rácios de avaliação similares aos dos pesos pesados do sector, mas quando estes tinham uma capitalização bolsista de algumas dezenas de biliões, e não de um trilião como tem actualmente a fabricante de GPU’s.

Assim sendo e com o acordo da dívida soberana dos EUA no bom caminho, o início de junho promete ser bastante interessante, até porque sexta-feira é dia de non-farm payrolls e ainda antes do meio do mês haverá reunião da Fed, onde as projeções são tudo menos consensuais, visto que apesar da retórica de alguns membros sobre uma possível pausa, o certo é que os dados económicos continuam a sugerir uma nova subida dos juros.

 

 

O gráfico de hoje é do EUR/USD, o time-frame é semanal.

O par de moedas está numa zona onde pode encontrar suporte (médias móveis).

 

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