PAN e PEV pediram mais apoios na saída do atual estado de emergência, relembrando que o relatório a discussão na Assembleia da República (AR) esta quarta-feira deixou omissos muitos impactos da crise pandémica que importam aferir.
Para o PEV, a falta de referência, por um lado, ao impacto económico da crise e, por outro, aos problemas de saúde mental que esta despoletou são preocupantes, pois dificultam uma ação concreta nestas duas áreas.
O partido ecologista destacou, através da sua deputada Mariana Silva, a dificuldade no acesso aos apoios sociais por parte de trabalhadores e empresários, dadas as “barreiras impostas com burocracias inultrapassáveis”, o que levou a que muitos negócios, “particularmente micro, pequenas e médias empresas”, não voltassem a abrir depois do período de confinamento do qual sai agora o país.
Adicionalmente, urge uma estratégia concreta de apoio à saúde mental dos portugueses, defendem, pedindo concretamente um “processo urgente de avaliação e monitorização sobre as incidências dos problemas de saúde mental”, especialmente no meio escolar.
O PAN alargou a discussão sobre a necessidade de intervenção na área a todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), argumentando que “pedidos de devolução do pagamento de horas extraordinárias e a iminência de dispensa de profissionais integrados” em estruturas públicas hospitalares não são compatíveis com um reforço do sector.
Bebiana Cunha, deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza, aproveitou ainda para chamar a atenção para vários sectores que experienciam dificuldades, sublinhando a importância de os apoiar “sem esquecer a definição de objetivos ambientais sérios que não sirvam de bode expiatório, como em Matosinhos”.
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