Até novembro de 2022, o financiamento das administrações públicas foi de -0,8 mil milhões de euros (-800 milhões de euros), valor que compara com os 5,5 mil milhões de euros registados em igual período de 2021, segundo dados do Banco de Portugal.
Um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiar outros setores da economia.
O financiamento dado pelos bancos à administração pública foi negativo em 1,4 mil milhões de euros. Isto significa que o Estado pagou mais dívida do que contraiu. Por outro lado os sectores residentes além da banca financiaram o Estado em 300 milhões de euros. O financiamento do exterior ao Estado também foi positivo, ficando nos 200 milhões de euros no período em questão.
Uma análise por instrumento mostra que as administrações públicas têm um saldo negativo nas emissões líquidas de títulos no montante de -0,5 mil milhões de euros. Adicionalmente, o financiamento das administrações públicas por intermédio de empréstimos deduzidos de depósitos foi de -0,3 mil milhões de euros (-300 milhões de euros).
Noutro fórum, hoje o Eurostat divulgou que a dívida pública na zona euro recuou, no terceiro trimestre de 2022, para os 93,0% do PIB e na União Europeia para 85,1% e que a zona euro registou um défice de 3,3% do PIB, no terceiro trimestre de 2022, e a União Europeia de 3,2%, com Portugal a apresentar o segundo maior excedente das contas públicas (1,2%).
Portugal teve a terceira maior redução de dívida entre julho e setembro e continua a ter a terceira maior dívida pública face ao PIB, segundo os dados revelados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas Eurostat.
No terceiro trimestre, a dívida pública portuguesa caiu 3,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 120,1% do PIB.
No saldo orçamental, Portugal apresentou um excedente de 1,3% no terceiro trimestre