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Fisco norte-americano pode lucrar com o filho dos duques de Sussex

“Imagine que a rainha oferece ao bebé um belo livro de arte da coleção real. Terá de ser declarado ao fisco [dos EUA] se ultrapassar os 100 mil dólares”, afirmou David Treitel, o fundador da American Tax Returns.
7 Maio 2019, 16h24

O nascimento do oitavo bisneto da Rainha Isabel II foi anunciado na manhã de segunda-feira. Filho de mãe norte-americana e de pai britânico, o bebé real (de apenas um dia) já tem dupla nacionalidade, e o fisco norte-americano já anunciou que pode vir a lucrar com isso.

Apesar de ainda não ser reconhecido nome ou rosto ao filho dos duques de Sussex, o fisco das terras de Trump mostrou-se contente com o retorno das prendas e das riquezas que poderão vir a ser herdadas. “Quando um dos dois progenitores de uma criança é norte-americano e tenha residido nos Estados Unidos durante cinco anos, dois dos quais após os 14 anos de idade, então o bebé é norte-americano”, explicou David Treitel, fundador do American Tax Returns, à AFP.

A nacionalidade norte-americana tem uma série de condições particularmente restritivas: o bebé terá de prestar contas ao fisco norte-americano de todos os seus rendimentos. Mas não só os rendimentos monetários, uma vez que o serviço de impostos dos EUA exige que sejam declaradas todas prendas de elevado valor oferecidas por estrangeiros.

“Imagine que a rainha oferece ao bebé um belo livro de arte da coleção real. Terá de ser declarado ao fisco [dos EUA] se ultrapassar os 100 mil dólares”, afirmou David Treitel.

Assim, as prendas oferecidas no tradicional “chá de bebé” norte-americano, organizado pelas amigas da duquesa de Sussex em Nova Iorque, não têm de ser declaradas porque terão sido dadas por cidadãos norte-americanos. Desta forma, Meghan Markle e o filho vão ter de prestar contas aos Estados Unidos da América, exceto se renunciarem à sua nacionalidade norte-americana.

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