Flybe. Companhia aérea que foi liderada por CEO da TAP apresenta falência

Christine Ourmières-Widener esteve dois anos e sete meses na Flybe, saindo nove meses antes da low-cost britânica apresentar falência pela primeira vez, na mesma altura em que a pandemia fechou os espaços aéreos e aeroportos.

A companhia aérea britânica Flybe declarou falência, cancelando todos os voos e levando várias pessoas ao desemprego, revela a “Sky News” este sábado. No entanto, algo que a publicação não refere é que a low-cost britânica foi liderada pela atual CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, entre janeiro de 2017 e julho de 2019.

Em março de 2020, nove meses depois da saída de Ourmières-Widener, a Flybe apresentou falência pela primeira vez. A primeira falência da companhia aérea britânica aconteceu na mesma altura em que a pandemia encerrou os espaços aéreos mundiais, mas esclareceu que os problemas eram anteriores à pandemia.

O currículo da atual CEO da TAP mostra que, após a passagem pela Flybe, Christine Ourmières-Widener esteve dois anos e sete meses na IATA, tendo ainda passado pela empresa Les Cousins, pela Datalex, O&W Partners, ZeroAvia e Met Office antes de se juntar à TAP em junho de 2021.

A Flybe operava serviços regulares dentro do Reino Unido – Belfast, Birmingham e Heathrow – e também para Amesterdão e Genebra. O pedido de falência aconteceu na sexta-feira, 27 de janeiro, e o anúncio do cancelamento dos voos aconteceu no Twitter: “Estamos tristes em anunciar que a Flybe abriu insolvência. Dave Pike e Mike Pink da Interpath foram apontados como administradores da insolvência”.

“Lamentavelmente, a Flybe encerrou toda a atividade. Todos os voos da Flybe de e para foram cancelados e não serão remarcados”, lê-se na rede social.

Em 2020, após a primeira insolvência, a venda da Flybe foi concluída e a low-cost renasceu como Flybe Limited, sob a tutela de novos proprietários. A nova Flybe começou a sobrevoar os céus em abril de 2022, ainda que os planos dessem 2021 como data do novo lançamento, e queria chegar a 16 aeroportos do Reino Unido, França e Países Baixos durante o verão, algo que não aconteceu.

“É sempre triste ver uma companhia aérea entrar em insolvência e sabemos que a decisão da Flybe de parar de operar será angustiante para todos os seus funcionários e clientes. Pedimos aos passageiros que estejam a planear voar com esta companhia aérea que não se desloquem ao aeroporto, uma vez que todos os voos da Flybe foram cancelados. Para obter as informações mais recentes, os clientes da Flybe devem visitar o site da Autoridade de Aviação Civil ou nosso feed do Twitter para mais informações”, apontou Paul Smith, representante do consumidor na Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido.

A Flybe despediu 277 dos seus 321 funcionários, sendo que 44 ainda permaneceram na empresa, ainda sem certezas do seu futuro.

Christine Ourmières-Widener, ex-CEO da Flybe, apontada para liderar a TAP 

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