A Federação Nacional da Educação (FNE) pediu uma reunião urgente ao Ministério da Educação por causa do descongelamento das carreiras dos professores. A associação sindical liderada por João Dias da Silva pretende acordar de forma concreta as progressões dos docentes.
O sindicato considera “inaceitável” que os professores sejam os únicos profissionais da Função Pública “em que o descongelamento não considera o tempo de serviço congelado durante cerca de dez anos”, de acordo com o comunicado enviado esta segunda-feira às redações.
“Nas negociações que decorreram com o Ministério das Finanças, a propósito do Orçamento do Estado para 2018, foi patente o desconhecimento razoável de matérias muito concretas que se prendem com a especificidade do desenvolvimento da carreira docente, além de não ter ficado completamente esclarecida a forma como o descongelamento da carreira docente vai ocorrer”, refere a nota do FNE.
A proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), entregue na sexta-feira à noite da Assembleia da República, prevê um concurso de vinculação extraordinária para, pelo menos, 3.462 professores no próximo ano.
Na opinião do FNE, o descongelamento das carreiras dos professores carece de intervenção específica por parte da tutela de Tiago Brandão Rodrigues. “A questão é independente de uma outra matéria que tem sido sucessivamente adiada, quer pelo governo anterior, quer pelo atual, que diz respeito à regulamentação dos artigos 36º e 37º do Estatuto da Carreira Docente”, defende a mesma organização.
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