Foram criadas mais de 44 mil novas empresas nos primeiros 11 meses do ano, mais 15% do que no mesmo período de 2021, e quase tantas quanto as registadas no último ano antes da crise pandémica. Já as insolvências recuaram, apesar do aumento dos custos, que o conflito em curso no leste europeu veio agravar. Estes dados foram divulgados esta quarta-feira pela Informa D&B.
“Entre o início do ano e 30 de novembro, foram constituídas em Portugal 44.564 novas empresas, um registo que ultrapassa em 15% os números de 2021. Além disso, no acumulado dos 11 meses, a criação de empresas está apenas 3% atrás dos números de 2019, ano em que foi batido o recorde neste indicador, com 49.594 constituições”, sublinha o barómetro publicado esta manhã.
E apesar desta tendência ter sido transversal “a quase todas as atividades”, certos sectores conseguiram destacar-se: nos transportes, o número de novas empresas cresceu 113%, nos serviços gerais subiu 24%, e nos serviços empresariais aumentou 15%.
Quanto à distribuição geográfica das novas empresas, o distrito de Lisboa registou o maior número de constituições e também o maior crescimento, com mais 3 169 novas empresas, “ficando praticamente em cima dos números de 2019 (-0,4%)”.
Por outro lado, até ao fim de novembro, encerraram 11.333 empresas, menos 31 que em 2021. “O sector do retalho teve o maior crescimento nos encerramentos (+103 encerramentos), enquanto a construção regista o maior decréscimo (-89 encerramentos)”, detalha a Informa D&B.
Quanto às insolvências, desde janeiro foram registados 1.511 novos processos, menos 17% do que em 2021. “Apenas três sectores têm mais insolvências em 2022: transportes, agricultura e outros recursos naturais, e atividades imobiliárias”, remata o barómetro.