A lista das mulheres mais poderosas do mundo da revista norte-americana Forbes serve para se entender quem verdadeiramente tem poder no feminino – mesmo que esse poder não seja em muitos casos uma questão de género, mas apenas do lugar e da posição que foi alcançada. Mas há quem ‘não tenha culpa’ do lugar onde está – como seja o caso de Isabel II, que quando nasceu já sabia que seria rainha de Inglaterra, com todo o manancial de poder que isso acarreta – e quem tenha ascendido por mérito próprio.
Num mundo em que os homens estão habituados a mandar, há alguns ‘mundos’ onde esse ascendente é ainda mais evidente e difícil de contrariar. É isso que faz de algum modo a diferença na categoria da espanhola Ana Botín, a presidente do Banco Santander, que na última lista da Forbes para as 100 mulheres mais poderosas do mundo aparece na posição número 8.
A lista é encabeçada pela chanceler alemã Angela Merkel, que assim mantem o seu título pelo oitavo ano consecutivo – mas que de certeza o perderá dentro de pouco tempo, quando sair do lugar que ocupa, talvez em 2021, se os alemães conseguirem levar a legislatura até ao fim, o que está longe de ser garantido.
Merkel é seguida de perto pela primeira-ministra britânica Theresa May – que também pode estar em ‘fim de vida’ no que diz respeito à influência, mas que mantém o segundo lugar pelo segundo ano consecutivo; o terceiro é preenchido por Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional; o quarto lugar é ocupado pela CEO da General Motors, Mary Barry; e no quinto lugar por Abigail Johnson, CEO da Fidelity Investements. Ana Botín é a primeira mulher da lista que tem diretamente a ver com Portugal – por via da posição que o ‘seu’ banco ocupa na economia nacional.
A lista da Forbes, a décima oitava da sua história, tem também, como sempre, mulheres que não estão nem na política nem nos negócios, como a ‘entretainer’ Oprah Winfrey (20º) ou Serena Williams (79º).
Os membros da lista deste ano de 2018 representam mulheres em seis categorias: negócios (27), tecnologia (18), finanças (12), media e entretenimento (16), política (22) e filantropia (5). No total, as mulheres mais poderosas controlam cerca de 2 mil milhões de dólares em receita e supervisionam cinco milhões de funcionários.
A lista de 2018 abrange mais de seis gerações de mulheres influentes, com Taylor Swift como o mais nova (28 anos) e a rainha Elizabeth II de Inglaterra como a mais velha (92 anos). A América do Norte assegura 50 mulheres na lista, a Ásia-Pacífico tem 20, a Europa (incluindo a Rússia e a Turquia) tem 17 (mais sete do Reino Unido), o Médio Oriente três e a África uma.