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Formula 1: Fundo norte-americano compra a Williams

Com este negócio, a histórica equipa de Formula 1 conseguiu executar a decisão estratégica de vender, parcial ou totalmente, a equipa, de forma a poder competir ao mais alto nível do desporto motorizado.
21 Agosto 2020, 18h10

A equipa de Formula 1 britânica Williams foi vendida ao fundo de investimento norte-americano Dorilton Capital, noticia o “Financial Times“.

O acordo foi comunicado ao mercado esta sexta-feira e avalia a escuderia fundada por Frank Williams, em 1977, em 152 milhões de euros. O valor da operação não foi detalhado, nem a percentagem do capital da equipa.

Em maio deste ano, a Williams Grand Prix Holdings, dona da Williams Formula One, que dá nome à equipa, passou a considerar a hipótese de uma venda parcial ou total da escuderia que compete no campeonato do mundo da categoria rainha do desporto motorizado, na sequência das dificuldades financeiras em que se encontrava.

Em 2019, a Williams Formula One teve perdas de 17 milhões de libras esterlinas.

Com este negócio, a histórica equipa de Formula 1 conseguiu executar a decisão estratégica de vender, parcial ou totalmente, a equipa, de forma a poder competir ao mais alto nível do desporto motorizado.

team principal da Williams, Claire Williams, filha do fundador e que está ao leme da escuderia desde 2013, disse o negócio “pode ser o fim de uma era para Williams enquanto uma equipa familiar, mas sabemos que está em boas mãos”.

As últimas duas épocas desportivas foram frustrantes para a equipa, tendo terminado as edições de 2018 e de 2019 no último lugar e, no ano passado, apenas conseguiu somar um ponto, quando o piloto polaco Robert Kubica conseguiu acabar o grande prémio da Alemanha na décima posição.

Historicamente, a Williams é uma equipa respeitada na Formula 1, tendo vencido o campeonato mundial de construtores por nove vezes, entre 1980 e 1997. Só a Ferrari tem mais: 16.

Correram pela Williams alguns dos melhores pilotos de sempre, como Nigel Mansell, que foi campeão mundial com a equipa em 1992, Alain Prost, que venceu o campeonato no ano seguinte.

Ainda nos anos 1990, Damon Hill, filho do bicampeão mundial Graham Hill, venceu o campeonato do mundo de 1996. No ano seguinte, foi a vez do canadiano Jacques Villeneuve vencer o mundial de pilotos, alcançando um feito que o seu pai Gilles Villeneuve não conseguiu, que morreu tragicamente na qualificação do grande prémio da Bélgica, em 1982.

Nos anos 1980, foram campeões do mundo o australiano Alan Jones (1980), o filandês Keke Rosberg (1982) — pai do alemão Nico Rosberg, campeão pela Mercedes em 2016 — e o brasileiro Nelson Piquet (1987), que venceu o mundial por três vezes.

O piloto brasileiro, Ayrton Senna, tricampeão mundial entre 1988 e 1991 — não ganhou em 1989 — morreu a 1 de maio de 1994 na sétima volta do grande prémio de Imola ao volante de um Williams, o FW16.

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