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Fotojornalista Adra Pallón vence Prémio Estação Imagem 2022 Coimbra

“Fogo e Cinza” aborda os incêndios florestais, num ano em que a Europa foi assolada pelo fogo em “proporções nunca vistas”, destacou a organização do prémio.
17 Setembro 2022, 13h28

O fotojornalista galego Adra Pallón é o vencedor da 13.ª edição do Prémio Estação Imagem Coimbra, com o trabalho “Fogo e Cinza”, sobre os incêndios florestais, anunciou hoje a organização.

O trabalho que ganhou o principal prémio deste concurso dedicado ao fotojornalismo aborda os incêndios florestais, num ano em que a Europa foi assolada pelo fogo em “proporções nunca vistas”, destacou a organização do prémio.

O anúncio foi feito este sábado, 17 de setembro, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, onde decorreu a cerimónia de entrega de prémios, cujo júri foi presidido por David Furst, antigo editor de fotografia internacional do jornal The New York Times.

Na categoria de Notícias, o galardão foi atribuído ao fotojornalista Rui Duarte Silva, com uma reportagem que documenta a guerra na Ucrânia, tema que esteve em destaque nas exposições do Estação Imagem deste ano.

Um trabalho sobre as marcas nos corpos deixadas pela guerra colonial na Guiné-Bissau e em Angola, pelo fotojornalista Leonel de Castro, venceu a categoria de Assuntos Contemporâneos, onde houve ainda lugar para duas menções honrosas para trabalhos do galego Adra Pallón.

José Sarmento Matos conquistou o prémio na categoria Vida Quotidiana, com um retrato da vida no Bairro da Jamaica, nos arredores de Lisboa, e Brais Lorenzo Couto arrecadou o galardão na categoria Ambiente, com um trabalho sobre os incêndios florestais.

“Onde acaba a cidade”, trabalho de Alex Paganelli que aborda as zonas periféricas mais afastadas de Lisboa, venceu na categoria de Série de Retratos, e, no Desporto, o prémio foi para David Tiago, com uma reportagem sobre dois atletas de escalada adaptada.

Neste ano, o júri entendeu não atribuir prémio de Fotografia do Ano nem na categoria de Arte e Espetáculos.

Já a bolsa Estação Imagem 2022 Coimbra foi atribuída a André Alves, que se propõe a fazer um trabalho sobre as consequências da atividade das minas da Panasqueira, no distrito de Castelo Branco.

O júri deste ano salientou a diversidade das temáticas e “a grande qualidade geral dos trabalhos apresentados”, destacando ainda histórias que “revelam um ambiente de grande proximidade, quase intimidade, a revelar um trabalho profundo e continuado dos fotojornalistas”.

Durante a cerimónia, o presidente do júri, David Furst, realçou que a criatividade e paixão dos fotojornalistas “ultrapassam qualquer tipo de dificuldade financeiro”, considerando que o que fazem “não são nada menos do que milagres”.

“Este trabalho nunca foi tão vital e indispensável. Por cada imagem publicada, há um fotojornalista corajoso a contar a história. Na minha perspetiva, são heróis e devemos celebrá-los em todas as oportunidades que temos”, realçou.

Durante a sua intervenção, o diretor do Estação Imagem, Luís Vasconcelos, destacou a homenagem feita este ano à resistência do povo ucraniano, com exposições que dão espaço a vários fotojornalistas daquele país.

Luís Vasconcelos anunciou ainda que o multipremiado fotojornalista americano James Nachtwey, que conta com uma exposição na edição deste ano, será o presidente do júri da edição de 2023.

Na sessão, participaram ainda o vice-presidente da Câmara de Coimbra, Francisco Veiga, e a diretora regional da Cultura do Centro, Susana Menezes.

Esta foi a quinta edição em que o Estação Imagem decorreu em Coimbra, contando com o apoio da Câmara Municipal.

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